A Prefeitura de Lucena, no Litoral da Paraíba, adotou medidas nesta semana de pré-Carnaval para restringir a circulação de veículos na faixa de areia da praia, território da União. Atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), foram instaladas manilhas de concreto, bloqueando o acesso de automóveis à área.
Além das manilhas de concreto, ficou acordado que a gestão municipal instalará placas informativas ao longo da orla e nos principais pontos de acesso à praia, alertando sobre a proibição do tráfego de carros na faixa de areia. A prefeitura também se comprometeu a enviar um relatório detalhado, com imagens de satélite, para identificar os pontos de acesso fechados e as áreas com a instalação das placas.
A presença constante de veículos na faixa de areia vinha causando danos ambientais e colocando em risco a segurança dos banhistas, o que levou à intervenção do MPF, após denúncias da população.
A medida foi tomada após reunião em 24 de janeiro, envolvendo o MPF, o prefeito, secretários municipais, representantes do Batalhão de Polícia Ambiental, da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Durante o encontro, a prefeitura explicou que, devido ao grande número de ruas com acesso às praias, seria impraticável bloquear todos os pontos de entrada, optando, assim, pela instalação temporária das manilhas para proteger os banhistas e o meio ambiente até que uma solução definitiva seja implementada.
O fechamento das vias de acesso à faixa de areia para automóveis ocorrerá ao longo de toda a orla de Lucena, com foco nas áreas de maior fluxo, como a “Pontinha de Lucena” e as proximidades do “Bar do Geraldo”.
Em conjunto com o Batalhão de Polícia Ambiental e a Sudema, foi estabelecido um plano de fiscalização nas praias de Lucena nos próximos dias, para coibir o trânsito irregular de carros na faixa de areia.
Além da restrição ao tráfego de veículos, a Prefeitura de Lucena está adotando outras medidas para proteger o meio ambiente e a faixa de domínio da União. Isso inclui a remoção de caiçaras instaladas de forma irregular nas praias e ações para evitar invasões em áreas de mangue e nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) de maceiós, que são impactadas pelo oceano ao longo da orla.