A Prefeitura de Campina Grande, sob o comando do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), vem seguindo a cartilha do seu antecessor, o ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD), que tem sobre seu espólio o suposto desvio de milhões de reais pela ‘Operação Famintos’. A gestão Bruno está sendo investigada por provavelmente ter comprado álcool em gel 70% de maneira superfaturada.
De acordo com o promotor Alcides Leite de Amorim, da Promotoria de Justiça Regional da Comarca de Campina Grande, a prefeitura comprou em 2020 de maneira direta, sem licitação, 10 mil unidades de 500 ml do insumo com uma empresa que vendeu o produto por um preço 85,38% acima da cotação média – a R$ 24,99 cada item, o que representa um valor total de R$ R$ 249.900,00.
O relatório que apontou o indício de superfaturamento é do Centro de Apoio Operacional das Promotorias (CAOP) – Defesa do Patrimônio Público, da Fazenda Pública e do Terceiro Setor.
Em sua defesa, a gestão campinense alegou que a empresa fornecedora do álcool em gel, a AERLISON CABRAL DE LIMA – ME, foi a única que apresentou proposta para realizar a venda do insumo. Confira o despacho neste link.
Operação Famintos – O poder judiciário liberou nesta semana os interrogatórios dos ex-secretários e auxiliares da gestão Romero Rodrigues (PSD), em Campina Grande, envolvidos na ‘Operação Famintos’, que investiga o desvio de dezenas de milhões de reais, por uma ‘Orcrim’ instalada na gestão municipal para a compra de merenda escolar.
A Justiça Federal ouviu entre os dias 7 e 10 deste mês todos os servidores e ex-secretários da Prefeitura de Campina Grande (PMCG) investigados na Operação Famintos, que apura fraudes na merenda escolar na gestão passada do ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD) que fez seu sucessor Bruno Cunha Lima (PSD).