Uma operação policial realizada em Campina Grande na manhã desta quarta-feira (12) tem como alvo criminosos que se passavam por colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CAC) para adquirirem de forma ilegal armas que acabavam sendo usadas para o cometimento de crimes. Por causa disso, a operação foi batizada de “Fake Shooter”, que na tradução para o português significa atirador falso.
A ação envolve agentes de diferentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil da Paraíba, mas os suspeitos presos e os equipamentos apreendidos estão sendo todos levados para a Central de Polícia Civil de Campina Grande.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão. Para além disso, um terceiro homem foi preso em flagrante e um adolescente foi apreendido.
De acordo com o delegado Victor Melo, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil, esses suspeitos se inscreveram num clube de tiro e mesmo tendo antecedentes criminais conseguiram um registro de atiradores desportivos, o que é ilegal. Ele disse que está claro que houve a falsificação de documentos e que o próximo passo é saber se houve ou não facilitação por parte do clube de tiro.
Uma vez de posse do registro de atiradores desportistas, os suspeitos tinham acesso livre à compra de armas, que eram utilizadas de forma ilegal. O delegado informou inclusive que o homem preso em flagrante mantinha uma espécie de venda clandestina de armas de fogo.