A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), a operação “Seguro Pirata” contra empresa suspeita de atuar de forma clandestina no ramo de seguros. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campina Grande, na Paraíba e em Caruaru, São Caetano e Cachoeirinha, em Pernambuco.
De acordo com a PF, os investigados ofereciam seguros comerciais mascarados de proteção veicular. Foram alvos da ação os gestores da Autoclube de Benefícios VIP, de nome fantasia Autovip – Associação Veicular.
As investigações do caso iniciaram em 2021, após a PF em Campina Grande receber uma notícia de crime relacionada à prática de conduta de oferecimento de serviço de proteção veicular que, na verdade, seria seguro de bens.
Segundo a polícia, os investigados criaram associações civis voltadas ao oferecimento de seguro comercial, camuflado de proteção veicular, o que viola as exigências legais, como a autorização junto a Superintendência de Seguros Privados (Susep).
As empresas ainda faziam uso de laranjas para encobrir a participação na direção da empresa, criando outras empresas que prestariam serviços terceirizados, como forma de distribuir os lucros para os sócios ocultos. A PF informou que entre os anos de 2017 e 2023 foram movimentados cerca de R$ 9 milhões em seguros vendidos a cerca de oito mil clientes na Paraíba e em Pernambuco.
Os investigados vão responder pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira por equiparação, omissão de elemento exigido pela legislação, e organização criminosa.
O nome da operação Seguro Pirata faz alusão ao caráter clandestino da atuação das empresas.