A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (19), a vereadora de João Pessoa Raíssa Lacerda durante a Operação Território Livre II, que visa combater a aliciamento violento de eleitores na Capital.
Nesta quinta, a PF cumpriu quatro mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão no Bairro São José, Miramar e Alto do Mateus, em João Pessoa.
Além de Raíssa, foram presas mais três pessoas: Pollyanna Dantas, que supostamente usaria sua influência para escolher candidatos no Bairro São José; Taciana Nascimento, que também exercia poder na mesma área; e Kaline Nascimento, que atuava como articuladora de Lacerda no Alto do Mateus.
A assessora da vereadora também foi conduzida pelos policiais após cumprimento de busca e apreensão em sua residência, no Alto do Mateus.
Raíssa, que é candidata à reeleição nas eleições de outubro, é suspeita de liderar um esquema que se utilizava de meios ilegais para tentar obrigar que as pessoas de determinados bairros a votarem nela.
A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) se manifestou, por meio de nota, sobre a prisão da vereadora, destacando que sua Procuradoria-Geral está acompanhado a Operação Território Livre e que “a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal”.
Em 10 de setembro, na primeira fase da operação, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa da vereadora. Conforme a PF, os investigados estariam envolvidos em práticas formação de organização criminosa, uso de violência para coação de votos e outras condutas.
Na época, a PF informou que foram apreendidos na ação R$ 35 mil em dinheiro, diversos documentos contendo dados pessoais de pessoas não residentes no local da busca, contracheques de funcionários públicos e aparelhos celulares.
Na atual legislatura, Raíssa Lacerda era suplente e assumiu a titularidade da vaga após a morte do vereador Professor Gabriel. Antes, ela era secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa.