A Polícia Federal abriu, nessa quinta-feira (24/3), um inquérito para investigar possíveis irregularidades cometidas por pastores evangélicos que instalaram uma espécie de “gabinete paralelo” no Ministério da Educação (MEC) para negociar a liberação de verbas a prefeituras.
Segundo apurou a coluna de Igor Gadelha para o Metrópoles, o inquérito foi aberto no âmbito da Superintendência da PF no Distrito Federal. Entre os investigados, não há ninguém com foro privilegiado até o momento, o que exclui a possibilidade de o ministro Milton Ribeiro ser algo da investigação por enquanto.
O inquérito foi aberto com base em denúncia encaminhada à PF pela Controladoria-Geral da União (CGU). Em entrevista à CNN Brasil, Milton Ribeiro contou que havia acionado à CGU para investigar denúncia de possível irregularidade na conduta do pastor Arilton Moura.
Prefeitos de diversos municípios têm acusado Arilton e o pastor Gilmar Silva dos Santos de cobrarem vantagens indevidas para facilitar a liberação de verbas no âmbito do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao MEC. Entre as vantagens, estariam dinheiro e até barras de ouro.
Na quarta-feira, a CGU informou ter aberto uma primeira investigação, na qual teria constatado “possíveis irregularidades cometidas por terceiros”, sem envolvimento de agentes públicos. Depois disso, o órgão disse ter encaminhado os autos à PF pra investigar possível crime de oferta de “vantagem indevida”.
Metrópoles