A Polícia Federal bloqueou cerca de R$ 15,3 milhões em contas de pessoas ligadas à Braiscompany. O valor está em exchanges, locais onde os investimentos em criptomoedas são realizados. Porém, a quantia bloqueada em decorrência da Operação Halving poderá superar esse número, uma vez que o montante retido no chamado ‘sistema financeiro tradicional’ ainda estão sendo contabilizados.
De acordo com a PF, os valores foram bloqueados junto a exchanges, plataformas digitais utilizadas para compra, venda, troca e armazenamento de criptomoedas.
Na última semana, o Tribunal de Justiça da Paraíba determinou o bloqueio de R$ 45,1 milhões em contas bancárias da Braiscompany e dos sócios Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos.
A Operação Halving foi deflagrada na última semana pela PF e o Ministério Público Federal (MPF) com o propósito de combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na sede da empresa, num condomínio fechado, em Campina Grande, e também nas filiais em João Pessoa e em São Paulo.
A empresa paraibana captava investidores sob a promessa de investimentos em criptomoedas com retorno de 8% ao mês, e após atrasos, passou a ser suspeita de golpe de milhões com criptomoedas. Conforme investigações, foram movimentados, nos últimos quatro anos, valores equivalentes a aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptoativos em contas vinculadas aos investigados.
Os crimes investigados na Operação Halving são previstos na lei que define os crimes contra o sistema financeiro nacional e suas penas, se somadas, ultrapassam 12 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
Os dois alvos dos mandados de prisão temporária, o empresário e CEO da Braiscompany, Antônio Inácio da Silva Neto e sua esposa e sócia, Fabrícia Farias Campos, são considerados foragidos pela Polícia Federal.