Consultor de bem-estar – ou por que não chamar logo de coach -, especialista em direito esportivo, autoburger e treinador de robôs são algumas das profissões que especialistas consideraram que iram “bombar” em 2020. E não é que acertaram – em parte?
Um relatório da pesquisa “As profissões de 2020 segundo especialistas de 1980”, divulgada pela empresa de cassino online Betway, mostra que o contexto econômico e tecnológico lá de 1980 ajudaram pesquisadores a “adivinhar” as profissões do futuro. A lista completa incluiu:
Está certo que não conseguiram acertar cem por cento, mas chegaram bem próximo. Quase todos os itens da lista existem hoje como um trabalho possível – talvez as únicas exceções sejam astrônomo lunar e gerente de hotel no oceano, mas vale ressaltar que não são realidades tão distantes assim.
O “Autoburger”, por exemplo, está próximo da realidade atual. O McDonald’s tem alguns restaurantes superautomatizados, mas os humanos ainda estão trabalhando nesses lugares. O Caliburger, em Pasadena, na Califórnia, tem um robô chapeiro chamado “Flippy”. E a Creator, uma empresa que vende máquinas que fazem hambúrgueres, abriu um “restaurante robotizado” em 2018.
Até porque, na época, uma ideia contagiosa dizia que o mundo estava em declínio e a vida das gerações seguintes estava comprometida. “Bons” empregos estavam desaparecendo, pais de família caíam na pobreza e o crime acabaria em uma situação fora de controle. Mas também existia uma ideia igualmente contagiosa, porém radicalmente otimista: estávamos à beira de um boom econômico global em uma escala nunca antes vista.
O período de 40 anos, de 1980 a 2020, como os anos-chave de uma transformação notável, com tecnologias que quebrariam paradigmas, democratizariam o acesso à informação e daria voz para qualquer um, em quaisquer lugares do mundo.
Afinal, quem imaginaria que lá em 1980 estaríamos falando aqui no Brasil por vídeo com alguém lá do Japão, por exemplo? Quantas vezes paramos para pensar que pediríamos um carro com uma pessoa estranha para nos pegar em casa e nos levar a outro lugar? Ou mais bizarro ainda, que alguém, simplesmente por ter uma conta em uma rede social, influenciaria outra pessoa a comprar um produto ou adquirir um serviço, que hoje já tem nome e tudo: personal influencer?
Com toda a certeza, o avanço da tecnologia – e alguns outros fatores complementares – modificou a forma não somente como o ser humano se comporta, mas como ele vive. Empresas e até mesmo órgãos públicos vêm automatizando cada vez mais seus serviços, de forma que talvez nos próximos 40 anos venha uma era “self-service” mais potente, por que não? Hoje em dia, quase nenhum ser humano do ocidente não consegue se imaginar sem um celular ou alguma ferramenta de conexão com a internet. Baterias que resistam mais tempo carregadas, computadores menores, mas não menos potentes, e carregadores móveis foram algumas das apostas dos novos empreendedores lá no começo dos anos 2000, que botaram fé que o século XXI seria o século da conexão.