Aquela cara de vietcongue de Jackson Macedo faz um esforço danado para convencer que nem tudo que fala é balão de ensaio, mas vozes divergem cada vez mais do caminho de isolamento que o partido trilha e acabará conversando só com o espelho ou no divã fazendo terapia de grupo.
O que Jackson fala não necessariamente reflete o que os diretórios municipais pensam como estratégia para 2020. E se o PT não poderá mais ter o PSB como alavanca, pois seu líder é acusado de chefiar ORCRIM, só lhe restará se aliar ao PC do B, partido que nem a cláusula de barreira atingiu e apesar de importante não tem capilaridade, tempo de guia ou mesmo fundo partidário definido.
Mas, soube, Jackson tem o aval de Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e por isso canta de galo em todos os terreiros.
Caminhando para o beco estreito o PT de Jackson Macedo poderá perder vagas importantes nas câmaras de vereadores, podendo até ter defecções de militantes migrando para partidos não kamikazes por um motivo simples: garantir elegibilidade.
Pelo raciocínio de Jackson o Cidadania é um partido da base de Bolsonaro e assim sendo não poderá se coligar com o PT e nem o PT poderá integrar o governo.
Agora é aguardar pra saber quantos petistas vão deixar o governo e quantos vão deixar o PT para ficar no governo.
Dércio Alcântara