Armas de guerra, capazes de derrubar aeronaves, foram localizadas em operações contra grupos especializados em ataques a carros-fortes. Investigações seguem em andamento.
Em pouco mais de um ano, a Polícia Civil da Paraíba já apreendeu três fuzis calibre .50 — armamento de guerra, com alto poder destrutivo, capaz de perfurar blindagens pesadas e até derrubar aeronaves. A mais recente dessas apreensões ocorreu na manhã desta quinta-feira (26), durante operação em Campina Grande.
O armamento foi localizado em uma residência no bairro da Palmeira. A ação envolveu equipes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), Grupo de Operações Especiais (GOE), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (Desarme), Canil da Polícia Civil e contou com apoio da Unidade de Inteligência Policial (Unintelpol).
Quatro pessoas foram conduzidas à sede da DRACO em Campina Grande para prestar depoimento. A operação é parte de um inquérito que apura dois ataques a carros-fortes registrados este ano na cidade — um ocorrido em março, no bairro da Prata, e outro mais recente, no último dia 16, no Centro.
Até o momento, seis suspeitos foram presos e um integrante da organização criminosa foi morto em confronto com a polícia no dia 21 de junho.
Histórico de apreensões
O primeiro fuzil .50 foi apreendido em maio de 2024 durante a Operação Carcará, deflagrada pela DRACO na região de Malta, no sertão paraibano. Na ocasião, também foram localizados fuzis dos calibres 7.62 e 5.56. A ofensiva contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar.
Três meses depois, em agosto, a Polícia Civil viajou até o Maranhão para prender membros de facções responsáveis por ataques a instituições financeiras no Nordeste. Um dos alvos era um foragido da Paraíba, apontado como líder de uma organização criminosa com base no Rio de Janeiro. Durante a operação, que teve apoio das forças de segurança maranhenses, mais um fuzil .50 foi apreendido.
Repressão ao crime organizado
As apreensões, segundo a Polícia Civil, representam um duro golpe no crime organizado e mostram o nível de armamento em poder de grupos especializados em assaltos a instituições financeiras. A investigação segue em curso e novas ações não estão descartadas.
Redação