Mesmo com a aprovação da Anvisa para a vacinação infantil, Jair Bolsonaro (PL) segue sendo contra a imunização de crianças e afirmou nesse sábado (22) que a Covid-19 matou “um número insignificante” delas.
“Algumas morreram? Sim, morreram, lamento profundamente, mas é um número insignificante, tem que levar em conta se elas tinham comorbidade também”, declarou Bolsonaro, durante uma conversa com jornalistas em Eldorado, no interior de São Paulo.
Para ele, a internação de crianças não comprometeu o número de leitos disponíveis para pacientes infectados pelo vírus. “Eu quero a paz, a tranquilidade, que a população decida seu destino. Se você analisar 2020 e 21, mesmo na crise do coronavírus, ninguém ouviu dizer que estava precisando de UTI infantil, não teve”, afirmou.
Polêmica
Na última quinta-feira (20), os ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e Damares Alves, da Mulher Família e Direitos Humanos, foram alvos de críticas nas redes sociais após visitarem uma menina que está internada por sofrer uma parada cardíaca horas depois de ter recebido a vacina contra a Covid na cidade de Lençóis Paulista (SP).
A visita foi vista como uma tentativa de explorar politicamente o episódio, que mobilizou a militância bolsonarista. A oposição ao governo lembrou que nenhum dos ministros visitou famílias de crianças que foram mortas pela doença.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se colocou totalmente contra a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. De acordo com o argumento do presidente, a vacina é “experimental” e por isso não deveria ser utilizada. As afirmações do chefe do Executivo não são verdadeiras e não tem respaldo científico.