Assim como o Cristo, emblematicamente o padre Luís Couto conseguiu juntar 12 apóstolos dentro do PT para se opor a aliança do partido com o governador João Azevedo e um deles lhe traiu e contou ao Blog que dos 12 “seis estão só fazendo média” e que “o padre será sacrificado por ter caído na tentação de se aliar ao basculho da política paraibana”, Ricardo Vieira Coutinho.
Seduzido pelo pecado quando esteve meditando no deserto de sua liderança, Luís Couto se opõe a participação do partido no governo, abençoado com a secretaria de Agricultura. Flertar com a corrupção e tudo que Ricardo Coutinho representa é a última tentação do Padre.
Couto sabe que Lula enfrentou uma via crucis e se reabilitou perante a opinião pública numa virada espetacular. Acreditando que milagres acontecem e até mesmo que tem provas irrefutáveis contra si – inclusive gravações e um irmão preso por corrupção – pode sair de demônio a santo.
Conseguirão os 12 apóstolo de Couto convencer Lula de que entre um governador bem avaliado e um chefe de quadrilha acusado o partido deve ficar com Barrabás?
Dércio Alcântara