A “Operação Indignus” deflagrada na manhã desta quinta-feira (5) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco/MPPB), teve como alvo dez imóveis que seriam de propriedade do Padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé e investigado por realizar desvios de doações recebidas pela unidade de saúde. Alguns desses imóveis são considerados de alto padrão.
Conforme apurado, a força-tarefa do MPPB aponta para uma confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com o religioso.
Ainda segundo as investigações, foi constatada uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.
Um dos apartamentos de propriedade do sacerdote trata-se de uma cobertura no bairro do Bessa, à beira-mar de João Pessoa. A força-tarefa indica que as propriedades de luxo podem ter sido adquiridas de forma ilegal.
Em um dos imóveis, foi encontrado na cozinha um fogão avaliado em cerca de R$ 80 mil. O eletrodoméstico, da marca Lofra Dolcevita, possui botões controladores de aquecimento e forno auxiliar de 35 litros com 4 funções e grills infravermelhos com controle de temperatura.
Além do fogão, foram encontrados na casa do padre garrafas de vinhos que, somados os valores, podem atingir quase R$ 30 mil.
A Operação Indignus cumpre 11 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de três investigados, sendo oito na cidade de João Pessoa-PB, um na cidade de Conde-PB e dois na cidade de São Paulo-SP. O trabalho conta com a participação de 36 integrantes do Gaeco-PB (incluindo membros e servidores), com 28 integrantes da PCPB (delegados e policiais civis), com oito componentes do Gaeco-SP, além do apoio da Sefaz e da CGE, formando uma efetivo de aproximadamente 72 agentes públicos.