No rebanho de ovelhas dificilmente todas são da mesma cor. A miscigenação de raças também deixa o mundo plural e diverso no reino animal.
Do mesmo jeito, lá no reino episcopal do pastor Sérgio Queiroz, nem todo mundo ora por sua bíblia. Falo, é claro, da seara política. Há quem não concorde com suas posições políticas.
Ele podia ser um pastor Estevam, discreto e equidistante dessas coisas de disputar poder material, ao invés de se ater ao espiritual, mas foi mordido pela mosca azul.
Sempre ouvi comentários elogiosos da conduta do Sérgio pastor, mas, de uns tempos pra cá, a vaidade superou a humildade e o pastor Sérgio foi seduzido pelo universo da política.
E na política ninguém é só santo ou só demônio. Ajoelhou, tem que rezar, orar ou invocar.
Parafraseando as escrituras sagradas, eu digo que é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha que um político entrar no reino do céu.
Raríssimas exceções, digo que a boa política existe e me nego a ser mais um a demonizá-la, tão necessária para o homem quanto a bíblia para o pregador.
Mas, do mesmo jeito, digo que o que tem de pastor atuando como corretor que vende terrenos no céu não tá no gibi e, nesse contexto, o pastor Sérgio Queiroz saiu da condição de raríssimas exceções para se lambuzar de mel no reino material. É mais um.
A vaidade é um vírus altamente contagioso. E o pastor Sérgio saiu da condição de imune à transmissor que infecta rebanhos.
Dércio Alcântara