Se alguém disser por aí que Veneziano não ver com bons olhos uma candidatura do Blocão, a candidatura de Cássio ou do Major Fábio está mentindo.
Veneziano gosta dessa pluralidade, pois desde 2004 disputa mandatos majoritários em ambientes plurais como esse que se desenha para 2014.
Em 2004 ele era o vereador que ousou desafiar o candidato de Cássio, Rômulo, presidente da Assembleia, e que contava com um leque que ia de Enivaldo Ribeiro a Damião Feliciano, numa mega aliança com PSDB, PP, PDT e outras forças.
Eram duas máquinas contra nenhuma, do mesmo jeito que poderá acontecer agora com a união de RC e Cássio, a máquina do estado e da PMCG.
Naquele ano Veneziano começou como o terceiro e os favoritos eram Rômulo e Cozete, do PT, que, assim como os petistas de João Pessoa, tinha nas mãos um instrumento para lhe levar ao segundo turno, a Prefeitura, mas quem chegou lá foi Veneziano.
Há gente confundindo o desejo de Veneziano de ter outros candidatos no campo da oposição dando o combate a RC, com uma vontade monolítica e imposição de candidatura que não faz o seu estilo.
A Veneziano não importa a vida do vizinho e até torce para que cheguem logo na arena e ajudem a levar a eleição para o segundo turno, frustrando o governador, que sabe que se a eleição for em dois turnos dificilmente vencerá.
Conversei com Veneziano sábado em Itabaiana, ouvi atentamente o seu discurso e cheguei à conclusão que a obstinação de Veneziano em disputar o governo é uma coisa que confirma a impossibilidade de ele ser o senador de fulano ou o vice de sicrano.
Veneziano é candidato a governador e desse projeto ninguém lhe tira, mas, digamos assim, está desejoso em conhecer seus concorrentes, já que até o momento só tem a certeza de que Ricardo Coutinho é o seu oponente.


