O PREÇO DO PODER: aliança do PT com corrupto do PP repercute negativamente e vira efeito dominó até na Paraíba
Na tentativa de justificar o injustificável, até agora a única coisa que o PT conseguiu aceitando o apoio do PP e Maluf foi a ojeriza por parte da população brasileira. Nem mesmo a ex-prefeita de São Paulo, Luíza Erundina, que sairia agora como vice de Haddad conseguiu permanecer ao lado de um dos maiores corruptos do país e porque não dizer do mundo, o tóxico Paulo Maluf. O que não se faz pela ânsia de poder não é mesmo ministro das Cidades?
E já que se trata de “maracutaia” não poderia deixar de ter a mão do nobre ministro das Cidades e irmão da pré-candidata a prefeita de Campina Grande, Daniella Ribeiro, Aguinaldo Ribeiro. Ontem assistindo as entrevistas de Haddad e Maluf, sinceramente tive vontade de chorar e ao mesmo tempo rir, porque além dos entrevistados (Haddad e Lula) não conseguirem sequer olhar nos olhos do repórter, titubearam horas a fio sobre o que dizer do nó em que se meteram.
No O Painel, da Folha de São Paulo, diz que o presidente Lula fez questão de agradecer ao ministro paraibano, Aguinaldo Ribeiro, o trabalho que realizou para levar o PP e Paulo Maluf para palanque do PT, em São Paulo. A Folha diz que Lula usou o telefone celular de Maluf para agradecer ao ministro das Cidades. Se Aguinaldo já tinha o respeito de Dilma Rousseff, agora tem a gratidão de Lula e a ojeriza do povo brasileiro e, principalmente, campinense.
Admitir uma parceria com um bandido que é procurado pela Interpol em mais de 100 países não é mole não. Luíza Erundina queixou-se de Lula. Acolhida como vice da coligação petista num ato que não contara com a presença do líder supremo do PT, ela revoltara-se com o tratamento fraternal dispensado a Paulo Maluf.
Para recepcionar o desafeto na caravana, Lula acompanhou Haddad na incursão à casa do neoaliado. Pior: os três fizeram poses para as lentes dos fotófragos. As fotos que inspiraram o pretexto de Erundina, a breve, foram uma exigência de Maluf. Para fechar negócio com o PT, entregando a Haddad o tempo de tevê do seu PP, Maluf cobrou o que ele nunca teve: transparência.
Maluf disse que fez tal exigência porque estava incomodado com as insinuações que o transformavam num parceiro tóxico. Impôs à transação a luminosidade de um encontro às claras, arrematado com apertos de mão. Tudo com o indispensável testemunho da imprensa.
Defronte da casa do ex-inimigo, sob a luz do sol, o aperto de mãos de Lula e Maluf uniu dois velhos guerreiros num armistício firmado sob o signo da conveniência eleitoral.
Como queria Maluf, deu-se publicidade a um acordo que o petismo preferia selar à sombra. Consultado, Lula recomendou à assessoria que não veiculasse a imagem no seu site oficial. Essa seboseira respingou em Campina Grande, ontem os irmãos PeTralhas (Basílio Carneiro, Vladimir Chaves e Peron Japiassu) não fizeram outra coisa a não ser tentar justificar nas redes sociais tal aliança.
É amigo, o negócio tá de vaca desconhecer bezerro e como já havia dito em artigo anterior, Aguinaldo Ribeiro tem coragem de pisar até no pescoço da mãe para alçar seus voos em busca do poder.