• Sobre
  • Contato
17/06/2025
Blog do Dércio
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Blog do Dércio
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Início Brasil

O mito anticorrupção está ruindo após Bolsonaro participar de compra superfaturada de vacina

24 de junho de 2021
em Brasil, Destaque2
Tempo de leitura: 4 mins de leitura
A A
Vídeo mostra Bolsonaro debochando de pessoas com falta de ar

Brazilian President Jair Bolsonaro gestures during the Launch of the "Adote 1 Parque" (Adopt a Park) Program at Planalto Palace in Brasilia, on February 9, 2021. - The program aims to the contribution of private companies to the maintenance of national parks for environmental preservation. (Photo by EVARISTO SA / AFP) (Photo by EVARISTO SA/AFP via Getty Images)

Vão caindo os tapumes do discurso do capitão reformado, que invocava, a uma crédula e desinformada turba, que estava acima das tentações da carne. Anunciava com veemência o propósito de passar a limpo o país acometido do mal nefasto da corrupção. Contou com a ajuda necessária de um ex-juiz alçado à condição de ministro da Justiça e agora reconhecidamente apontado por juristas, acadêmicos, íntimos das leis e do Direito, e com o reconhecimento do STF (Supremo Tribunal Federal), como parcial em julgamento contra o ex-presidente Lula.

O mito de que a corrupção “não existe no governo do capitão”, como dizem de boca cheia seus vassalos, está ruindo. Não bastassem as denúncias, cujas investigações permanecem inconclusas por manobras de todo o tipo, visando, claro, proteger os filhos do capitão, e que não são reconhecidas como apropriação de dinheiro público. Rachadinha, no Código Penal, se chama peculato. Corresponde a pegar salário de funcionários de gabinetes de parlamentares.

Além disso, ninguém faz as contas das habilidades de Midas – o mítico rei que transformava em ouro tudo que tocava (e que morreu de inanição), do filho Zero alguma coisa, feliz proprietário de mansão em Brasília, cujo soldo como senador é insuficiente para comprar o imóvel, mesmo somando a pecúnia com o caixa arrecado de apartamento que alega ter vendido, mas que continua em seu nome.

Ao deixar o cargo que pouco honrou no Ministério da Saúde, o general da ativa falou que sofria pressão para dar “pixulé”. Na desastrosa gestão do meio ministro, que tinha a incumbência de liderar o país na luta contra a sanha do vírus que matou mais de 500 mil pessoas no Brasil, parece ter algum rastro de “pixulé”, a serem verdadeiros os indícios de contratação impertinente de compra da vacina Covaxin.

Teve gente graúda na estrutura do ministério do general da ativa trabalhando fora do horário de expediente para assegurar que uma vacina não aprovada pela agência de vigilância sanitária do país, a Anvisa, fosse comprada a peso de ouro. O “pixulé”, como carinhosamente se denomina uma sobra de orçamento – segundo explicou à CPI o general -, é, porém, reconhecido vulgarmente como um termo que designa “uma grana” por fora.

O acesso ao Brasil foi garantido à vacina da Índia, produzido por um laboratório que, inspecionado, não logrou atender aos requisitos de produção pré-definidos pela Anvisa, além de não ter o seu uso autorizado, ainda que emergencialmente, no país.

A volúpia inexplicável, do Congresso, de um deputado Ricardo Barros, que pragueja contra a Anvisa e muda texto de lei, para ir célere na construção de dispositivo legal que permitisse a importação da Covaxin, fechando acesso a outras, é um mistério. Concede, na mudança da lei, autorização de uso de imunizante, desde que este fosse permitido pelas autoridades sanitárias da Índia. Uma generosidade para com o laboratório, já que a tal autoridade sanitária não estava incluída entre aquelas agências cuja reputação justificaria liberação automática para a população brasileira.

Mas o assunto parece ter o dom de gerar desequilíbrio emocional. O meio-ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, felizmente a salvo da covid-19, pelo uso de máscara e aparentemente respeitando o distanciamento social, de mãos dadas com os bonecos do Zé Gotinha, foi, todavia, contagiado pela irritação e desequilíbrio emocional do capitão, de quem não é censor. Cobrado sobre a celeridade na compra da vacina Covaxin, saiu abruptamente de entrevista, visivelmente acabrunhado e desconfortável com as explicações que terá que produzir sobre o assunto. Como vem dizendo e repetindo à exaustão, ele é “um ministro do presidente”. Então, afinal de contas, explique.

Como e por que se deu a contratação de compra da Covaxin, com empenho pessoal do capitão reformado, mesmo depois de alertado por servidor de carreira do Ministério da Saúde e pelo deputado irmão deste mesmo funcionário, de cuja assinatura dependia um pagamento de US$ 45 milhões adiantados para uma empresa, parceira do laboratório, estranha ao contrato, e criada meses antes?

O capitão reformado diz ter ojeriza à corrupção. Não terá dificuldade em explicar como pegou o telefone e ligou para o primeiro-ministro da Índia, pedindo o imunizante do laboratório daquele país, assegurando que a vacina faria parte do programa brasileiro de vacinação, mesmo que não houvesse até então autorização da Anvisa para uso no Brasil.

E não terá dificuldade em explicar, cioso que se diz ser quanto ao uso do dinheiro público, por que pulou rapidamente para a aquisição de um imunizante cujo preço é, em média, quatro vezes mais caro que o da Pfizer, cuja oferta se recusou a avaliar por quase um ano.

Há quem diga, nos corredores de Brasília, que entre uma baleia e um tubarão – numa cínica e debochada referência à escolha para a Presidência da Câmara dos Deputados – a prudência recomendaria a escolha da baleia. Tubarões ficam ferozes e matam quando têm fome. Apenas uma digressão.

Por Olga Curado para a sua coluna no UOL.

CompartilharTweetarEnviarCompartilharLerEnviar
Matéria Anterior

Com vagas na Paraíba, Banco do Brasil abre inscrições para concurso

Próxima Matéria

Polícia Federal não encontra registro de inquérito aberto sobre compra de Covaxin

Matérias Relacionadas

Morre técnico de enfermagem vítima de acidente entre moto e ônibus no Centro da capital
Saúde

Morre técnico de enfermagem vítima de acidente entre moto e ônibus no Centro da capital

17 de junho de 2025
“O golpe até seria fácil começar”, diz Bolsonaro em depoimento ao STF
Policial

PF indicia Bolsonaro e Ramagem no inquérito da “Abin Paralela”

17 de junho de 2025
Central Estadual de Transplantes registra 16ª doação de órgãos de 2025 na Paraíba
Saúde

Central Estadual de Transplantes registra 16ª doação de órgãos de 2025 na Paraíba

17 de junho de 2025
Próxima Matéria
Polícia Federal não encontra registro de inquérito aberto sobre compra de Covaxin

Polícia Federal não encontra registro de inquérito aberto sobre compra de Covaxin

  • Sobre
  • Contato

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio