• Sobre
  • Contato
17/06/2025
Blog do Dércio
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Blog do Dércio
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Início Denúncia

“O estuprador é você”: brasileiras aderem a protesto viral criado no Chile

5 de dezembro de 2019
em Denúncia
Tempo de leitura: 4 mins de leitura
A A
“O estuprador é você”: brasileiras aderem a protesto viral criado no Chile

Maria Carolina Trevisan*

Colaboração para Universa

05/12/2019 04h00

A performance “Un violador en tu camino” (Um estuprador em seu caminho), idealizada por ativistas feministas chilenas do grupo La Tesis, chegou ao Brasil. Coletivos de mulheres reproduzem o misto de protesto e intervenção artística que se espalhou pelas redes sociais e foi replicada em diversas cidades do mundo e, em especial, na América Latina. Uma performance aconteceu nesta quarta (4) no largo da Batata, em São Paulo, e outra vai ocupar o vão livre do Masp, na avenida Paulista, nesta quinta (5).

É um marco no movimento de mulheres atual. “Mostra as características que tem essa nova onda feminista que estamos atravessando”, explica a argentina María Florencia Alcaraz, 34 anos, codiretora do Latfem (um meio de comunicação feminista) e integrante da Rede de Jornalistas Feministas de América Latina e Caribe.

Para ela, pelo fato de ser transnacional, sem fronteiras, e por expor de forma didática o que é a cultura do estupro, essa nova onda que une protesto e arte aponta para o machismo estrutural e não apenas para os indivíduos.

“O problema é estrutural, é do Estado, por ação ou por omissão. A performance é uma continuidade das narrativas dos últimos tempos, como o movimento ‘Ni Una Menos’ [nenhuma a menos, movimento surgido na Argentina contra a violência contra as mulheres], que expande e multiplica as suas possibilidades por meio das redes sociais”, diz. Foi a forma encontrada de juntar o feminismo tradicional à nova militância.

A intervenção começou no Chile, durante os protestos de rua que tiveram consequências violentas para as mulheres, provocadas pela repressão policial.

“A performance é uma forma lúdica de falar da cultura do estupro e se liga ao cotidiano das mulheres. É um jeito mais fácil de acessar as pessoas”, afirma a terapeuta ocupacional Marcela Azevedo, 34 anos, coordenadora nacional do Mulheres em Luta, que fará o flash mob nesta quinta (5), em São Paulo. O grupo vai se concentrar às 17h, na praça do Ciclista, e sairá em direção ao vão livre do Masp, onde a performance deve acontecer às 19h30.

“Junta a possibilidade de veicular a informação pelas redes sociais à necessidade primordial de uma ação direta e coletiva nas ruas. Isso dialoga com outros movimentos que estão acontecendo no mundo”, diz. E as mulheres estão na linha de frente dos protestos por direitos e contra violações no mundo todo.

Nesta quarta (4), cerca de 70 mulheres se encontraram no largo da Batata, em São Paulo, para ensaiar e filmar a performance, com uma versão em português da letra do protesto que trazia a palavra “racista” no lugar de “machista” no refrão. “Também é um protesto pelo genocídio em Paraisópolis”, diz a atriz Paula Tobaruela, organizadora do evento no Facebook. “Viemos para apoiar as mulheres chilenas, mas, como brasileiras, também precisamos falar sobre essas coisas”, afirma Paula, referindo-se à letra, um protesto pelo fim da violência contra a mulher.

Onde estava, o que vestia

A música que acompanha a encenação artística se dirige à figura do juiz que culpabiliza mulheres vítimas de violência sexual pela roupa que usam ou pelo local que frequentam, se refere ao patriarcado, ao capitalismo e chega à figura do presidente da República. Demonstra, com isso, a ampla dimensão do problema.

A intervenção é uma das formas de sensibilizar e conscientizar as pessoas para a questão da violência de gênero. Mas também é preciso implementar políticas públicas específicas. “A política pública mais importante para que tenhamos uma vida e um futuro livres de violência tem a ver com a educação sexual integral nas escolas”, alerta María Florencia. Além disso, os três poderes precisam estar habilitados a lidar com a questão.

Na Argentina, a “Lei Micaela”, aprovada em dezembro de 2018, exige formação na perspectiva de gênero a funcionários públicos. O objetivo é que todos os que desempenham função pública, em todas as hierarquias dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, estejam aptos a compreender e interceder na defesa das mulheres.

Para Florencia, o importante é focar em políticas de prevenção e sensibilização. O punitivismo, o encarceramento e a tipificação para agravamento de pena não são solução. Se fossem, o Brasil estaria em paz.

Mas, enquanto os casos de homicídio tiveram queda em todo o país, o feminicídio cresceu 4%. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram ainda que acontecem 180 estupros por dia no país, e a maioria tem como vítimas meninas de até 13 anos.

(Colaborou Camila Brandalise, de Universa)

CompartilharTweetarEnviarCompartilharLerEnviar
Matéria Anterior

Absolvição de Lula, concurso de Cabedelo e festival ‘Louvor e Adoração’

Próxima Matéria

Veneziano apoia mobilização da FAMUP em Brasília contra extinção de 68 municípios paraibanos

Matérias Relacionadas

Denúncia envolve presidente da Câmara de Barra de Santa Rosa em esquema de rachadinha
Denúncia

Denúncia envolve presidente da Câmara de Barra de Santa Rosa em esquema de rachadinha

29 de janeiro de 2025
Justiça aceita denuncia contra ex-secretário de Campina Grande por superfaturamento de contratos da Saúde
Denúncia

Justiça aceita denuncia contra ex-secretário de Campina Grande por superfaturamento de contratos da Saúde

22 de janeiro de 2025
Padre renuncia à direção do Padre Zé após denúncia de furto de equipamentos no hospital
Denúncia

Operação Indignus: Gaeco apresenta nova denúncia contra 16 suspeitos de fraude no Padre Zé

17 de janeiro de 2025
Próxima Matéria

Veneziano apoia mobilização da FAMUP em Brasília contra extinção de 68 municípios paraibanos

  • Sobre
  • Contato

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio