Se eu tivesse que aconselhar a presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Michelle Ramalho, diria que não baixe a Rosilene Gomes, pois essa naftalina pesa o ar ao seu redor por representar o que tenta se perpetuar e de tiranas e tiranos o mundo tá de saco cheio.
Em algum lugar li que a presidente da FPF, que tanto admiro a gana e luz própria, vem tentando com manobras uma disputa singular e não plural, aniquilando a oposição sem ao menos garantir o direito à disputa.
Prefiro acreditar que os ares que a gestão Michelle oxigena à entidade não são carregados, fazendo lembrar aqueles pacotes casuísticos que a ditadura militar editava às vésperas das eleições para asfixiar o MDB e salvar a ARENA.
Uma figura da estampa de Michelle não precisa temer o jogo democrático, e se o resultado do seu estilo de gerir o futebol paraibano for bom para os clubes, será reconduzida; se for apenas fachada e perfumaria, pagará o pato.
Temer o empresário Arlan Rodrigues, tendo nas mãos a máquina da FPF, me parece sinal de fraqueza ou insegurança.
Antecipar a eleição equivale a comer um cacho de bananas e sair jogando as cascas de Cajazeiras até aqui.
Se Michelle trabalhou direitinho, como acho que trabalhou, não deve dormir de touca e entrar em campo de pantufas.
Que a disputa seja justa, limpa e transparente. É o que penso.
Dércio Alcântara.