Já fui açodado aos 40 anos, mas hoje aos 60 deixo a fava virar a madrugada para apurar o sabor, seja ela verde ou seca.
Já disse aqui outro dia que o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, é um melé que cabe em qualquer jogo, pois é unanimidade em todos os cenários.
Pode parecer matéria fria, mas preferi deixar para hoje minha leitura do golpe que dois ou três quiseram lhe aplicar, naquele episódio de o PSDB nacional acionar o STF contra o segundo mandato dele nessa legislatura.
Não vou aqui ficar procurando pêlo em ovo. O óbvio é sempre ululante. Um desejo inconfessável armou a cama de gato. E, se eu fosse Adriano, considerava todas as variáveis.
Por sorte ou poder de desarticulação, a bomba relógio recebeu um pause. Repito: um pause. Como se a mandar um recado de que os ponteiros do relógio podem voltar a girar apertando o start.
Lamentável jogo baixo que poderia ter afetado o equilíbrio do Legislativo, sempre muito bem conduzido pela batuta serena do maestro Adriano.
Não estou aqui apontando o dedo para ninguém, pois a carapuça coube como uma luva na cabeça de quem se acha maior do que seus pares e no seu dicionário não consta a palavra fair play.
Dércio Alcântara