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Morre em João Pessoa a ativista social Lúcia Rocha, em decorrência da Covid-19

15 de março de 2021
em Destaque2, Notícias, Pandemia
Tempo de leitura: 3 mins de leitura
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Morre em João Pessoa a ativista social Lúcia Rocha, em decorrência da Covid-19

A ativista social Maria Lúcia Santos Rocha morreu na madrugada desta segunda-feira (15), em decorrência de complicações causadas pela Covid-19. Ela estava internada no Hospital da Unimed em João Pessoa, quando sofreu uma parada cardíaca por volta das 2h40 da manhã.

O corpo de Lúcia será cremado em Cabedelo, e suas cinzas serão divididas entre João Pessoa e Salvador, na Bahia, a pedido de Lúcia. Em Salvador, a ativista estudou e militou no PCdoB, no período da ditadura militar (1964-1985), quando integrou os movimentos de resistência.

Waldir Porfírio, amigo de Lúcia Rocha, escreveu um texto em homenagem a ativista, destacando sua trajetória de vida e também expressando suas condolências a família. Leia na íntegra:

Lúcia Rocha, minha camarada do PCdoB por várias décadas, foi mais uma vida ceifada pela COVID. Ainda não me acostumei nessa normalidade anormal que estamos vivendo. O coração sangra com cada amiga ou amigo devorado pelo vírus e as lembranças vêm como turbilhão de momentos que estivemos juntos.

Gostaria de prestar minha homenagem a esta guerreira, uma das heroínas da luta do povo brasileiro. Natural da Piauí, Lúcia Rocha, ou Marilú, iniciou sua militância na Bahia no movimento estudantil e como membro da organização Ação Popular, que combatia a ditadura civil-militar. Em 1968, já formada em História pela UFBA, sob os horrores do Ato Institucional nº 5, ela foi para Recife onde trabalhou numa clínica e no Conselho Regional de Assistentes Sociais.

Após a sua incorporação ao Partido Comunista do Brasil, em 1973, viajou com nome clandestino para o interior do Maranhão para dar apoio aos militantes da Guerrilha do Araguaia. Havia feito um curso de parteira e trabalhava na pequena cidade de Santa Luzia (MA) ajudando mães pobres nos serviços de parto. Era conhcecida e querida pelo povo do lugar como “Branca”.

Sabendo que as forças da repressão estavam circulando na região próxima à cidade e que sua vida corria perigo, andou três léguas a pé até pegar um ônibus em Santa Luzia (MA). Numa das barreiras policiais, avistou o carrasco torturador e assassino Delegado Freury. Passado este momento de desespero em ser reconhecida, continuou a viajem até Picos (PI), onde morou por um ano.

Com as prisões, torturas, assassinatos e delações de vários camaradas, e procurada pelos agentes da repressão, Lúcia Rocha transitou com nomes falsos pelos Estados de São Paulo, Pará, Ceará e Pernambuco, trabalhando em várias empresas e indústrias até o advento da anistia em 1979.

Chegou à Paraíba em 1982, quando, no ano seguinte, casou-se com o dirigente comunista José Rodrigues Costa. Aqui, Lúcia Rocha fez parte da direção estadual do PCdoB, trabalhou no jornal O Norte e na CAGEPA, onde aposentou-se. Foi uma militante exemplar na frente sindical e de moradia. Mas, o seu legado, foi no movimento de defesa das mulheres, quando fundou a União das Mulheres de Cruz das Armas e a União Brasileira de Mulheres (UBM), sendo, desta última, presidenta na Paraíba.

Passou a sua história para seu filho amado, Ramon Rocha, companheiro de todas as horas de agrúrias e alegrias, orgulho que manifestava em todas as nossas conversas.

Deixo meu abraço fraterno ao meu amigo Ramon, que conheço desde criança, à família de Lúcia Rocha, aos camaradas do PCdoB, às companheiras e companheiros que estiveram nas barricadas de luta por um mundo melhor e justo.

Waldir Porfírio

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