O procurador-geral do Estado Gilberto Carneiro não vai comparecer à reunião de hoje à tarde da Comissão de Constituição e Justiça para debater o escândalo do Jampa Digital. Carneiro foi um dos 25 indiciados nas investigações da PF que apurou desvio de recursos do programa na implantação do Sistema de Plataforma Digital na cidade de João Pessoa para a campanha do então candidato Ricardo Coutinho.
Em Reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça, no último dia 25, decidiu convocar procurador Gilberto Carneiro, o marqueteiro Duda Mendonça, o assessor Thiago Meneses e funcionários da Ideia Digital e da Prefeitura de João Pessoa.
O Jampa Digital tornou-se uma dos maiores escândalos tecnológicos do País. Em um ano e quatro meses de investigação da Polícia Federal aponta que esquema de superfaturamento e desvios de verbas, com conluio em licitação e uso de empresas fantasmas, serviu para pagar o publicitário Duda Mendonça e campanhas de políticos do PSB e PSD.
A Ideia venceu a licitação por meio de esquema fraudulento, segundo a investigação da PF e da Controladoria-Geral da União. Participaram da disputa “fictícia, empresas formadas por funcionários da Ideia e outras cujos documentos eram falsificados para simular uma concorrência”.
O contrato teve verba de emenda parlamentar de R$ 18,5 milhões. Apesar de a emenda ser da bancada da Paraíba na Câmara dos Deputados, quem indicou o projeto foi o hoje vice-governador do Estado, Rômulo Gouveia (PSD), na época deputado. Ele foi indiciado por corrupção passiva.
Segundo a PF, houve superfaturamento de cerca de R$ 1,6 milhão e pelo menos R$ 1,1 milhão serviu para pagar a empresa de Duda Mendonça pela campanha de 2010 do atual governador Ricardo Coutinho (PSB-PB), por meio de empresas fantasmas.


