A Marinha está investigando aproximadamente 30 navios, de 11 países, que podem ter sido responsáveis pelo derramamento de petróleo perto da costa brasileira, de acordo com o comandante Almirante Ilques Barbosa Júnior, em uma declaração feita nessa terça-feira (22).
Os navios teriam passado por pontos do oceano onde o derramamento pode ter acontecido, e nas datas apontadas por cientistas como as mais prováveis para o acidente.
Voluntários estão passando os dias recolhendo a sujeira na praia, recentemente, a contaminação chegou em algumas das praias mais vistadas da Bahia, em Morro de São Paulo. Em Pernambuco, mais de 100 militares participaram do trabalho na praia de Itapuama.
O ministro da defesa, Fernando Azevedo e Silva, sobrevoou o estado e rebateu críticas de que a ação demorou para começar: “É inusitado o incidente, é inusitado, ele aparece na praia. Então, a marinha estava com 1500 homens, mas não é responsabilidade somente das forças armadas, é um esforço coletivo isso aí e é o que estamos fazendo”.
Mais de 900 toneladas de resíduo foram retiradas das praias, e os governos estaduais estão armazenando o produto enquanto esperam uma destinação. O ministro Ricardo Salles disse que parte do material pode ser utilizado na indústria cimenteira.
Um novo sistema, desenvolvido por cientistas da Universidade Federal da Bahia, mistura o resíduo de petróleo a serragem e a bioaceleradores, resultando em uma terra grossa, composta principalmente por carvão, que pode ser utilizada na indústria da construção civil.
Da redação com Folha de São Paulo