A assessoria jurídica da coligação do prefeito Cícero Lucena e do vice Leo Bezerra acionou a Delegacia de Crimes Cibernéticos da Paraíba, solicitando a abertura de um inquérito para investigar uma milícia digital. O grupo é acusado de realizar uma campanha difamatória contra os políticos e seus familiares, com a disseminação de conteúdos falsos e caluniosos nas redes sociais, alcançando um grande número de eleitores.
Conforme a denúncia, os financiadores dessas contas teriam aplicado mais de R$ 15 mil em impulsionamentos pagos, o que ampliou o alcance das publicações. As investigações revelam que pelo menos oito pessoas, residindo em estados como São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro, estariam envolvidas na operação da rede. Elas teriam utilizado perfis falsos no Instagram, YouTube e Facebook para propagar mensagens de ódio e desinformação.
O levantamento inicial, que foi anexado ao pedido de inquérito e já se tornou objeto de representação na Justiça Eleitoral, identificou mais de 40 perfis falsos responsáveis pela disseminação de conteúdo apócrifo atacando diretamente o prefeito Cícero Lucena, seu vice Leo Bezerra e seus familiares. Entre os perfis citados na denúncia estão as páginas anônimas “João Pessoa Livre”, além de Talita Motta, Vanessa Guedes e Samira Gomes. De acordo com os advogados da coligação, as postagens alcançaram milhares de pessoas na capital paraibana, configurando um ato com grande potencial de dano.
A denúncia destaca que as notícias falsas divulgadas incluíam acusações de corrupção e escândalos inexistentes na gestão do prefeito Cícero Lucena, além de uma falsa conexão com uma facção criminosa. O material, amplamente compartilhado em vídeos, teria sido impulsionado por documentos relacionados a duas pessoas identificadas como Brenda Cruz Silva Monte e Rosecleia da Silva Feitosa.
A assessoria jurídica da coligação finalizou pedindo que as ramificações da suposta milícia digital sejam investigadas e que os responsáveis sejam punidos. “É preciso que seja investigado esse braço criminoso da Milícia Digital que vem atuando contra o Estado de Direito da Paraíba”, frisou a nota.