Em reunião ministerial ocorrida na última segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pode não disputar a reeleição em 2026. No entanto, fontes presentes no encontro interpretaram a declaração como uma estratégia retórica e acreditam que o petista será, de fato, candidato no próximo pleito.
No discurso de abertura do encontro, Lula afirmou que seu objetivo é eleger um governo em 2026 para garantir a continuidade da democracia no Brasil e evitar a ascensão do “neonazismo”. Ele ressaltou a importância de expressar essa vontade de forma clara e enfática, a fim de impedir que o país seja “entregue de volta ao neofascismo, ao neonazismo e ao autoritarismo”.
Sobre o cenário eleitoral, o presidente apontou que a campanha de 2026 “já começou” e alertou seus ministros de que a oposição já estava em movimento, sugerindo que sua equipe também deveria adotar um tom mais agressivo contra os adversários.
No entanto, durante a conversa restrita com os ministros, o tom foi mais cauteloso, com Lula indicando que não necessariamente precisaria ser ele a disputar a reeleição. A declaração, no entanto, não convenceu os presentes, que continuam a ver o petista como candidato.
A saúde de Lula, de 79 anos, será um fator determinante nas discussões sobre sua reeleição ou a escolha de um sucessor. No entanto, não há, até o momento, nenhum nome forte na esquerda capaz de substituí-lo, desde que o presidente continue saudável.