A 4ª Vara Mista de Bayeux negou, nesta quinta-feira (12), o pedido de afastamento do prefeito do município, Berg Lima, solicitado pelo Ministério Público da Paraíba. Na decisão, o juiz Francisco Antunes Batista justifica que o gestor municipal conseguiu uma liminar do Tribunal de Justiça da Paraíba para retornar à prefeitura de Bayeux, dando a entender que a liminar continua vigente.
Em uma das denúncias, por exemplo, o Ministério Público pediu a condenação de Berg Lima a mais de 1.500 anos. Isso mesmo. De acordo com o MP, Berg Lima é acusado de 128 crimes de responsabilidade.
Ele ainda chegou a ficar um ano e cinco meses afastado da gestão municipal, mas no final de 2018 uma decisão liminar do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) determinou o retorno de Berg ao cargo.
A decisão judicial aconteceu um ano e um mês depois da soltura do prefeito após julgamento de um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No diálogo gravado pelo Gaeco – que ficou conhecido como o caso do “dinheiro na cueca” -, o fornecedor pede a liberação do empenho. “Me dê uma ‘brechinha’ para eu trabalhar, homem, eu estou precisando de um fôlego”, diz o empresário.
“Coloque num envelope, por favor”, responde o prefeito Berg Lima antes de receber o valor da suposta propina.
Com as provas da corrupção, o gestor foi preso e levado para a sede do Gaeco e, em seguida, para a Central de Polícia, em João Pessoa. Segundo o delegado Lucas Sá, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa (DDF), o prefeito preferiu ficar em silêncio durante o depoimento.