A Justiça da França decidiu prorrogar por mais quatro meses a prisão preventiva do paraibano André Alves do Nascimento, de 35 anos, detido desde novembro de 2024 sob suspeita de envolvimento com tráfico internacional de drogas. Natural de Campina Grande, André está custodiado no centro penitenciário de Fleury-Mérogis, nos arredores de Paris.
A informação sobre a prorrogação da detenção foi comunicada à família no início de abril, por meio de uma ligação telefônica autorizada pelas autoridades francesas. Segundo a irmã de André, Andreia Alves, o contato com o irmão durou cerca de 15 minutos.
“Na ligação ele falou para ficarmos tranquilas, que tava tudo bem”, relatou. No entanto, os parentes seguem sem acesso aos detalhes da acusação ou aos fundamentos da nova decisão judicial.
André foi dado como desaparecido durante uma viagem pela Europa, iniciada em novembro de 2024. Ele havia saído de Joinville (SC), onde morava e trabalhava com comércio de roupas, para realizar um mochilão, sonho antigo, segundo a família. O último contato com a mãe foi registrado no dia 6 de novembro, quando informou que seguiria de Paris para Amsterdã. Após dias sem notícias, os familiares acionaram as autoridades brasileiras.
A Polícia Federal da Paraíba requisitou o apoio da Interpol, que emitiu um alerta internacional. A prisão de André foi confirmada dois meses depois, já em território francês. O processo segue em sigilo judicial.
Em nota, o Itamaraty confirmou que acompanha o caso e está prestando assistência consular ao brasileiro, mas, por questões legais, não pode divulgar informações sobre o mérito da acusação nem sobre os próximos passos do processo judicial.
Uma nova audiência está prevista para acontecer em até quatro meses, quando a Justiça francesa poderá reavaliar a manutenção da prisão. Até lá, André segue detido em regime fechado.
Redação