A Justiça Federal de Eldorado, na Argentina, autorizou a extradição do paraibano Victor Hugo, que foi preso no país suspeito de participar do esquema de desvios através da Braiscompany. A empresa de Campina Grande é investigada pela Polícia Federal acusada da prática de fraudes que superam a marca de R$ 1,5 bilhão.
Victor foi preso em junho deste ano, na Ponte Tancredo Neves, que liga Foz do Iguaçu, no Brasil, com a cidade de Puerto Iguaçu, na Argentina. Na mesma época, também foram presos na Argentina Sabrina Mikaelly e Arthur Barbosa, que teriam ajudado o casal Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos a fugir da Paraíba.
Segundo as provas apresentadas no processo de extradição, Hugo teria atuado como operador financeiro por isso, teria cometido fraudes por meio de um esquema de pirâmide financeira – chamado “Esquema Ponzi” – com criptoativos.
As autoridades brasileiras acreditam que o paraibano atuou como corretor da empresa, o que lhe permitiu capturar mais de 4 milhões de reais e desviá-los. O arguido interveio no marketing e em algumas operações comerciais da empresa, para a qual publicou vídeos no canal YouTube – denominado “braisnews” – e que confirmaram a sua participação na divulgação da manobra.
Após a perpetração do golpe, o acusado fugiu para a Argentina por via terrestre junto com outros membros da organização. Em virtude disso, a 4ª Seção Federal – Campina Grande/B do Tribunal Regional Federal da 5ª Região do Brasil determinou a captura internacional da pessoa procurada. Por via diplomática, o Ministério das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina recebeu o pertinente pedido formal de extradição.