O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, concedeu, nesta quinta-feira (18), prisão domiciliar ao Padre Egídio de Carvalho. A decisão considera o quadro de saúde do religioso, que está internado em um hospital particular da Capital após ser submetido a uma cirurgia abdominal.
O parecer do magistrado é acompanhado de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar de sua residência em João Pessoa, sem autorização do juízo, e proibição de contato com pessoas diversas de seus advogados constituídos e dos familiares que residem no mesmo imóvel.
Padre Egídio também está proibido de frequentar estabelecimentos vinculados a ASA e ao Instituto São José, como também de ter contato com qualquer colaborador destas instituições, bem como as demais acusadas.
“Como se vê, a hipótese em discussão encontra amparo na legislação vigente. De acordo com os documentos acostados, Egídio de Carvalho Neto submeteu-se a uma cirurgia abdominal de urgência para retirada de um tumor, esteve internado na UTI do Hospital da Unimed, hipótese que, aliada aos demais problemas de saúde que ele tem, deixam-no na condição de “debilitado por doença grave”, havendo previsão legal para o acolhimento do pleito”, diz um trecho da decisão do juiz José Guedes Cavalcanti Neto.
Padre Egídio foi internado no último sábado (13) após passar mal e ser submetido a uma cirurgia abdominal. Ele estava preso preventivamente na Penitenciária Especial do Valentina desde novembro do ano passado, acusado pelo Ministério Público da Paraíba de chefiar esquema que teria desviado recursos milionários do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.