O juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz, da 2ª Vara Criminal, acionou o ex-governador Ricardo Coutinho e seus irmãos, Coriolano e Raquel Coutinho, para apresentarem defesa em ação penal remanescente da Operação Calvário, e recepcionada pelo magistrado em 9 de novembro de 2021, a partir de denúncia do Gaeco, sobre a origem dos recursos da compra de uma fazenda e de uma mansão.
A ação refere-se a denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, que envolve também Ricardo Cerqueira Leite Vieira Coutinho (Rico), filho do ex-governador.
O magistrado questiona a origem de uma casa localizada no Bosque das Orquídeas, onde atualmente reside Ricardo, além da Fazenda Angicos, situada na cidade de Bananeiras, de propriedade, supostamente, de Coriolano.
O Gaeco afirmou, em denúncia apresentada, que Rico teria simulado a “compra e venda de imóvel com o pai, Ricardo Vieira Coutinho, visando a ocultação da origem ilícita do patrimônio deste, sendo o dinheiro auferido com a suposta transação empregado na aquisição do imóvel residencial de Ricardo Vieira Coutinho, objeto desta denúncia, dando aspecto de licitude à transação”.
No processo, Rico é acusado de lavagem de dinheiro. Já os outros réus foram denunciados por crimes de lavagem e corrupção passiva. Conforme o Gaeco, o grupo deve devolver aos cofres públicos R$ 7,3 milhões.