Não há como negar que Ricardo Coutinho foi um bom governador. Percebam que o tempo do verbo já se refere ao passado. É que, faltando pouco mais de três meses para que deixe o cargo, lá na Granja o café servido anda meio morno e o que restará será o legado, a página que ele escreveu.
Se foi bom em estradas e no controle da relação receita/despesa, já não será lembrado com olhar de aprovação nos quesitos Segurança e Saúde, coveiros recorrentes de gestores.
Não há como varrer para debaixo do tapete os mais de 70% de reprovação quando abordamos a violência e o descaso nos corredores dos hospitais. E essa dupla tem gritado alto barrando a terceirização e perpetuação de Ricardo no poder.
Dizer que a gestão RC foi competente para combater a bandidagem e gerar paz social é repetir uma mentira com perna curta, pois do lado de fora desse gabinete gelado do governador a temperatura é quente e saltam aos olhos a incompetência das políticas de Segurança Pública e Saúde.
João, o neófito, faz da defesa do indefensável um mantra e não catequiza bem. O mundo Girassol foge da estatística da mancha criminal e do sucateamento da rede hospitalar do estado como o diabo foge da cruz.
Pergunto: de que adianta as boas estradas se ao ser assaltado e sofrer violência o paraibano não terá uma delegacia aberta para registrar o BO e nem atendimento hospitalar para garantir a vida?
Dércio Alcântara