O ex-governador João Agripino Maia classificou como doença terminal e incurável a desimportância do servidor público, a quem chamou sem arrodeios de linguagem de “câncer da nação”.
O ex-governador Ricardo Coutinho incorporou esse conceito ao seu prontuário de gestão e puniu com baixos salários e desprezo institucional todos os servidores públicos do estado, apesar de inchar a máquina com milhares de codificados para fazer frente às pelejas eleitorais.
Nenhum governador que passou pelo Palácio da Redenção supera esses dois em termos de mesquinharia e asco com a categoria. Quem inventou tortura salarial e assédio moral aos servidores publicos na Paraíba foram eles.
Ricardo foi mais além e usou os cargos públicos como moeda de troca ou instrumento de perseguição mais do que qualquer um outro em nossa história, superando Agripino nos requintes de crueldade.
Da faca amolada de Ricardo nem o seu vice escapou e todos lembram que Rômulo Gouveia teve todo o seu gabinete exonerado quando divergiu do titular e teve que ser socorrido pelo Judiciário para ter o seu staff de vice governador mantido e remunerado.
João Agripino e Ricardo Coutinho são de longe os ex-governadores mais odiados pelos servidores, cada um a seu tempo provocando sequelas na categoria, hora tratada como doença incurável e contagiosa, hora tratada como moeda de troca, codificada, sem face, garantias e direitos.
Dércio Alcântara