Após dois anos de pandemia, Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis e Natal se tornaram as primeiras capitais do país a acabar com a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados. Ao anunciar o decreto no DF, o governador Ibaneis Rocha (PMDB), fez questão de reforçar que a retirada das máscaras não é obrigatória, as pessoas é que vão decidir se continuarão usando ou não.
A infectologista Ana Helena Germoglio recomenda que as pessoas que estão em grupos de risco para o agravamento da Covid-19 permaneçam de máscara. A indicação vale para gestantes, puérperas, idosos e imunossuprimidos – pessoas que têm algum déficit de imunidade, temporário ou permanente.
No grupo dos imunossuprimidos estão pacientes com câncer, transplantados, pessoas vivendo com HIV, que estão usando remédios imunossupressores, ou com outras condições que tornem o sistema imune mais frágil e propenso à infecção.
Segundo a médica, mesmo que estejam vacinadas, as pessoas que pertencem a esses grupos devem ter uma atenção especial com as medidas de proteção. “A vacina protege a forma grave da doença, mas ela não zera o risco”.
A médica acrescenta que, até mesmo, em ambientes abertos há uma margem de risco, caso as pessoas estejam muito próximas e sem máscara. “As pessoas do grupo de risco não devem prescindir do item de proteção. É prudente continuar de máscara porque o risco ainda existe”, explica Germoglio.