Na contramão da tendência mundial, a indústria brasileira de transformação perdeu participação no PIB (Produto Interno Bruto) do país desde o final de 2009 e, dez anos depois, retornou aos patamares da década de 1950. O movimento foi puxado pelo encolhimento dos segmentos de alta tecnologia.
A conclusão é parte de estudo inédito elaborado pelo Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia da Fiesp (federação das indústrias de São Paulo).
A participação da indústria de transformação mundial no PIB global passou de 15,1% para 16,4% de 2009 a 2017. No mesmo período, no Brasil, o setor viu sua fatia na economia encolher de 15,3% para 12,2%.
Esse percentual caiu para 11,3% no fim de 2018 e voltou aos níveis da década de 1950.
Nos anos 1980, chegou a mais de 20%. Hoje, está abaixo do verificado em países como Argentina (12,2%), México (17,5%) e Coreia do Sul (27,6%).
O estudo da Fiesp mostra que apenas a indústria de baixa intensidade tecnológica e baixa produtividade cresceu acima do PIB nacional no período. Os segmentos de média intensidade perderam 1,1 ponto percentual de participação, enquanto os de alta encolheram 2,2 pontos percentuais.
A informação é da Folha de São Paulo.