Um homem de 37 anos foi morto a tiros no início da noite de ontem (25) no Bairro das Indústrias, em João Pessoa. A vítima foi identificada como Adalto de Oliveira Coelho, que, segundo familiares, trabalhava como caminhoneiro e já havia atuado como vigilante. O crime aconteceu na Rua Alzira de Figueiredo, quando ele se preparava para iniciar uma viagem de trabalho.
Segundo dados repassados pelo tenente F. Souza, da Polícia Militar, Adalto estava ao volante de seu Fiat Uno branco, prestes a deixá-lo em casa para pegar o caminhão carregado e seguir viagem para o interior do estado. Ainda segundo a polícia, não há registros de envolvimento da vítima com atividades criminosas, e a única observação feita por conhecidos é que Adalto tinha comportamento agressivo no trânsito.
Testemunhas relataram que ouviram os disparos de arma de fogo, mas não conseguiram visualizar o autor do crime. A suspeita é de que os tiros tenham sido efetuados por alguém que se aproximou do carro em uma moto ou outro veículo. Quando os vizinhos saíram, a rua já estava deserta, e Adalto havia sido atingido mortalmente ainda dentro do carro.
No local, o clima foi de comoção e desespero, principalmente com a chegada da mãe da vítima, que foi amparada pelos policiais. Ela revelou que Adalto perdeu a esposa há cerca de seis meses, vítima de câncer, e desde então cuidava sozinho da filha de seis anos. “Ele era pai e mãe para minha neta. Agora ela perdeu os dois”, desabafou, emocionada, pedindo justiça pelo crime.
O compadre da vítima, que também esteve no local, contou que Adalto havia combinado de emprestar o carro para ele no mesmo horário em que foi assassinado, por volta das 18h, antes de seguir viagem como carreteiro. Ele afirmou que Adalto era uma pessoa tranquila e trabalhadora, e que a notícia do homicídio pegou toda a família de surpresa.
A Polícia Militar isolou a área do crime até a chegada da Polícia Civil e da perícia, que irão conduzir as investigações. Uma das linhas a serem apuradas é a de que o crime possa ter relação com brigas no trânsito, cenário que tem se tornado cada vez mais comum, segundo apontou o próprio tenente F. Souza. Outra possibilidade considerada é a de que Adalto tenha sido confundido com outra pessoa.
Redação