A greve dos servidores da saúde de Campina Grande completa um mês neste sábado, 02.02
Até o momento, os grevistas já distribuíram pelo menos 25 mil panfletos nos bairros Acácio Figueiredo, Catingueira, Major Veneziano, Bairro das Cidades, José Pinheiro e Malvinas, além do distrito de Galante.
Também foram realizados atos públicos e assembleia de avaliação. A programação segue na próxima semana e deve ser divulgada na segunda-feira, 04, pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab).
Conforme ratificou o diretor de Comunicação do sindicato, Napoleão Maracajá, além de toda a pauta reprimida dos trabalhadores, que é extensa e antiga, agora a categoria tem mais um motivo para manter a paralisação: o reajuste salarial concedido de apenas 2%.
“A Prefeitura Municipal concedeu o pior reajuste dos últimos 20 anos. Além disso, não houve diálogo com os servidores para aprovar tal aumento, numa época em que assistimos a gestão gastar absurdos com setores não fundamentais. Para piorar, o índice não foi aplicado ao vencimento no contracheque e assim não altera quinquênio e outros direitos”, lamentou.
Napoleão lembrou o alto número de prestadores de serviço atuando e reforçou que é urgente a realização de concurso público.
“São 2.261 prestadores de serviço enquanto efetivos são apenas 1.183, com 131 profissionais comissionados. Os dados são de fevereiro, últimos números divulgados na plataforma Sagres Online. É absurdo o alto número de trabalhadores não concursados. É mais do que urgente a realização de concurso público na saúde”, detalhou.
Ainda de acordo com o diretor de Comunicação, o Sintab também está preparando denúncia à Justiça para os próximos dias, sobre a situação precária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, que colocam em risco profissionais e usuários.
Relembre – Os servidores efetivos da saúde de Campina Grande decretaram greve por tempo indeterminado no dia 02 de maio, após mais de três meses de negociações infrutíferas com a Prefeitura de Campina e Secretaria de Saúde.
As principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial de todas as categorias, respeitando-se a data base, reforçando que o aumento concedido não é aceito pelos trabalhadores; pagamento do benefício referente ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) e da Gratificação por Incentivo ao Trabalho (GIT); efetivação dos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) tanto para Agentes de Combates às Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), como para os demais profissionais da saúde em melhorias das condições de trabalho, que estão precárias em todos os setores da saúde.