• Sobre
  • Contato
24/10/2025
Blog do Dércio
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Blog do Dércio
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Início Brasil

Governos devem gastar como na guerra, diz ex-economista do FMI

25 de março de 2020
em Brasil
Tempo de leitura: 3 mins de leitura
A A

É uma situação de guerra. Governos devem gastar de modo maciço, trilhões de dólares no caso dos EUA. Se necessário, como em guerras de fato, devem converter instalações quaisquer em hospitais e fazer fábricas produzirem material hospitalar e médico, por exemplo.

É a opinião de Kenneth Rogoff, professor de economia e política pública na Universidade Harvard, ex-economista-chefe do FMI, tido como exemplar defensor da prudência no gasto público (bom ou mau exemplo, a depender do freguês).

Em entrevista a respeito do impacto econômico da epidemia para a PBS, TV pública dos EUA, Rogoff comparou o coronavírus a uma invasão alienígena. Em diálogo com o jornalista da Folha, foi menos pitoresco. Ainda assim, o esforço deve ser o de guerra.

De quanto gasto do governo se trata? Uma primeira rodada em discussão nos EUA chega à casa de US$ 1 trilhão, mas outros pacotes devem ser necessários (o PIB americano é de US$ 21,5 trilhões), segundo o economista.

Negócios especialmente afetados precisam de ajuda direta, grande, e empréstimos de modo a evitar que quebrem, entre eles companhias aéreas e serviços de turismo, espetáculos, restaurantes, pequenas empresas, negócios viáveis em geral. Gasto público em massa deve ser direcionado para famílias pobres ou de baixa renda.

O tamanho da recessão deve ser inédito, pelo menos desde a Segunda Guerra. Nos EUA, o PIB cresceu durante o conflito. Em 1946, caiu quase 10%. Em 1932, 13%. No curto prazo, a queda abrupta do PIB e do emprego pode ser maior do que em 2008, teme Rogoff.

Pelo mundo, um paliativo sugerido para a crise é adiar o pagamento de impostos; outro, oferecer crédito a famílias e empresas. Mas, por semanas sem faturar, firmas terão dívidas em excesso no fim da crise. Não é melhor transferir dinheiro, diretamente?

“Não existe uma solução justa e simples para substituir toda a massa de renda que está sendo destruída. Alguns países, como o Reino Unido e a Dinamarca, estão substituindo diretamente a maior parte dos salários [com pagamentos do governo], mas nos EUA isso deixaria as necessidades de muitas pessoas não atendidas (trabalhadores da economia do frila [bicos, “uberizados], autônomos, informais). Então, a transferência direta [de dinheiro] não é loucura, embora nada disso seja suficiente se a ‘pausa’ continuar indefinidamente”, diz Rogoff.

Com será financiado o esforço de guerra? Na maior parte, com mais endividamento do governo por meio de títulos e alguma “impressão de dinheiro” (criação de moeda pelo banco central). Literalmente, Rogoff disse o seguinte:

“Por enquanto, [o governo] pagará quase tudo com dívidas. Parte da dívida será na forma de reservas bancárias, que é tecnicamente parte da medida monetária M0 [dinheiro ou ativos imediatamente conversíveis em dinheiro]. Mas, agora que o Fed [BC dos EUA] está pagando juros sobre reservas comparáveis aos títulos [do Tesouro] de uma semana, é melhor pensar [tal coisa] como dívida”.

Nos anos depois da crise de 2008, Rogoff foi objeto de críticas ferozes por seus estudos que associavam a ultrapassagem de um certo limiar de dívida pública à redução do crescimento econômico, no longo prazo (mas baixo crescimento também provoca maior endividamento, a depender de tempo e lugar, argumentou na época). “O objetivo de garantir contas sólidas em tempos normais é ser capaz de tomar empréstimos em massa em situações de emergência como esta”, diz agora.

Mas ainda não parece possível estimar essa “massa” de esforço de guerra. O problema fundamental é vencer o vírus. Não se sabe quanto tempo vão durar os confinamentos, quando haverá remédios para a Covid-19 ou uma vacina. A guerra ainda está em curso, argumenta Rogoff.

A informação é da Folha de S. Paulo

CompartilharTweetarEnviarCompartilharLerEnviar
Matéria Anterior

Covid-19: Presidente do Coren PB visita Santa Isabel e defende valorização dos profissionais de Enfermagem

Próxima Matéria

Coronavírus: Em carta aberta, governadores do NE condenam postura agressiva de Bolsonaro; veja carta

Matérias Relacionadas

Senado aprova Relatório de Veneziano a projeto que proíbe cobrança de bagagem de mão de até 10 kg em voos comerciais
Brasil

Senado aprova Relatório de Veneziano a projeto que proíbe cobrança de bagagem de mão de até 10 kg em voos comerciais

23 de outubro de 2025
Aprovado regime de urgência para projeto que proíbe cobrança de bagagem de mão em voos comerciais
Brasil

Aprovado regime de urgência para projeto que proíbe cobrança de bagagem de mão em voos comerciais

22 de outubro de 2025
STF publica acórdão que condena Bolsonaro e Núcleo 1 do golpe
Brasil

STF publica acórdão que condena Bolsonaro e Núcleo 1 do golpe

22 de outubro de 2025
Próxima Matéria

Coronavírus: Em carta aberta, governadores do NE condenam postura agressiva de Bolsonaro; veja carta

  • Sobre
  • Contato

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio