A gestão econômica desastrosa no governo de Bolsonaro, que criou um programa de microcrédito e usou dinheiro dos trabalhadores e trabalhadoras do país, causou um rombo de R$ 2 bilhões no Fundo de Garantia de Tempo e Serviço (FGTS) da Caixa Econômica Federal (CEF).
A utilização dos recursos do FGTS, com o aval do aliado de Bolsonaro e presidente da Caixa na época, Pedro Guimarães, resultou em uma inadimplência superior a 80% e foi agilizada em meio à corrida eleitoral de 2022, conforme notícia da Folha de S. Paulo publicada no domingo (13).
A CEF emprestou R$ 3 bilhões e não recebeu R$ 2,3 bilhões. Um quinto desse valor é prejuízo da Caixa, o que representa R$ 460 milhões. O banco só conseguiu recuperar R$ 1 bilhão em julho deste ano porque colocou R$ 3 bilhões no Fundo Garantidor de Microfinanças (FGM) no primeiro trimestre de 2022.
Guimarães deixou a presidência da Caixa três meses depois de abrir caminho para o calote. Na mesma época, ele foi denunciado por assédio sexual.
“Dentre as muitas ilegalidades de Bolsonaro pra tentar se reeleger, uma delas atingiu em cheio o FGTS”, condenou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, pelo Twitter. “Usou o fundo dos trabalhadores num programa de microcrédito sem qualquer critério técnico ou seguro e o resultado foi um calote de R$ 2,3 bilhões no fundo. É só mais um pra lista do inelegível”.
Com PT.org.br.