O médico infectologista Fernando Chagas, diretor do Hospital Clementino Fraga, foi entrevistado nesta terça-feira (04) no programa 360 graus. Na ocasião, ele tirou dúvidas sobre infecções por Covid-19 e pelo H3N2, denominada de ‘Flurona’, afirmando que o cenário avançado da vacinação contra o coronavírus é um fator determinante para que a dupla infecção não deixe a saúde pública em situação de alerta.
O profissional declarou que, se fosse questionado no ano de 2021 sobre o impacto que a nova cepa da Influenza A traria em meio a pandemia da Covid-19, seria um cenário catastrófico. Entretanto, a ampla cobertura da vacinação contra o coronavírus no Brasil traz mais segurança no campo epidemiológico.
“O cenário hoje é muito diferente. Se você tivesse feito essa mesma pergunta em 4 de janeiro de 2021, confesso que diria que há motivos para preocupação, até mesmo de medo. Vocês viram o que aconteceu nos primeiros meses de 2021, nós tivemos uma onda terrível, com o maior número e perda de vidas por Covid-19. Então, somando-se a H3N2 teria sido um desastre”, destacou.
O infectologista ainda frisa que essa cobertura vacinal também foi responsável pelos mínimos impactos sofridos pelo país quando a variante Delta do coronavírus assolou outras localidades, como os Estados Unidos.
“Tudo indica que, talvez, não soframos o impacto da Ômicron, que é ainda mais transmissível. Quem está vacinado para a Covid-19, ou não pega o vírus, porque as chances de pegar diminuem drasticamente, ou se pegar não evolui para a forma grave. Qual o cenário problemático agora? É o H3N2, porque não temos cobertura vacinal para esse vírus”, frisou.
O imunizante indicado para a síndrome gripal só deve começar a ser aplicado nos brasileiros no mês de abril. Até lá, Fernando Chagas pede que a população continue com os mesmos cuidados sanitários indicados para o enfrentamento à Covid-19, usando máscaras de proteção, principalmente, se estiver sintomático.
Assista à entrevista completa com Fernando Chagas: