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Ex-professor da UEPB faz uma análise lúcida sobre o campinismo e a polarização Cunha Lima x Vital do Rego em 2012

14 de fevereiro de 2012
em Notícias
Tempo de leitura: 4 mins de leitura
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Campina, Veneziano e Tatiana

Por Flávio Vieira

Fui professor da UEPB em Campina Grande por quase quatro anos antes de vir para UFPB em março de 2003. Nesse período, tentei entender a cidade e, principalmente, seu comportamento político. 

A primeira impressão, que se consolidou com o tempo, é de que maioria dos habitantes de Campina é envolvida por um amor quase que filial ao seu território, um apego aos valores de uma grandeza que remonta a meados do século passado quando a cidade foi uma das maiores cidades do interior nordestino e, em termos econômicos e culturais, a mais importante da Paraíba. 

O campinismo é um fenômeno cultural que merece um largo estudo, especialmente por conta de suas ramificações com a política eleitoral. A família Cunha Lima, por exemplo, soube com muita competência mobilizar esse sentimento em favor de seus projetos eleitorais, ajudada, claro, por ter tido a oportunidade de lançar para o Governo da Paraíba candidatos que eram não apenas “campinenses”, mas fortemente identificados com esse “espírito”: Ronaldo, em 1990, e Cássio por duas vezes, em 2002 e 2006, que disputaram aquelas eleições contra “forasteiros”. 

Por algum tempo, o “campinismo” foi identificado com “cunhalimismo”, e isso ajudou a criar o mito de que os Cunha Lima eram imbatíveis em Campina Grande, cidade que governaram de forma ininterrupta por 20 anos. Isso até Veneziano Vital entra em cena na eleição para prefeito de 2004. 

Veneziano foi a pessoa certa, no tempo e lugares certos. Encarnando a renovação diante de um ciclo político que dava claros sinais de esgotamento, ciclo que aparentemente se rejuvenescera depois da esmagadora vitória cassista na cidade em 2002, Veneziano soube mobilizar a cidade e conquistar a alma do campinismo que não era cunhalimismo e vencer uma batalha que, no começo, parecia impossível. 

Nascia ali uma liderança que, finalmente, podia rivalizar em prestígio com a família Cunha Lima, prestígio que foi confirmado em 2008, quando Veneziano Vital foi reeleito enfrentando o peso da máquina estadual e a figura em pessoa do então governador Cássio, que se mudou de mala e cuia para participar da campanha na cidade. 

Em 2010, Veneziano Vital sofreria nova derrota eleitoral na cidade, novamente para o governo, o que levou alguns a concluírem como certa a derrota de Veneziano Vital para a prefeitura em 2012 e o inevitável retorno da Prefeitura de Campina Grande ao controle da família Cunha Lima.   

Assim como acontecera nas duas eleições anteriores (2004 e 2008), que foram precedidas também de grandes derrotas eleitorais (2002 e 2006), a eleição de 2012 em Campina apresenta-se hoje aberta. Primeiro, porque será um enfrentamento entre “campinenses”; segundo, porque a gestão de Veneziano Vital terá o que mostrar aos eleitores; terceiro, porque o desgaste do governador Ricardo Coutinho, cuja votação obtida na cidade foi decisiva para levar a disputa de 2010, pode ter um efeito negativo para os seus aliados na cidade. 

Associado a esses aspectos, Vital do Rego recusou estrategicamente o enfrentamento pretendido pelos adversários e fugiu da armadilha de uma confrontação entre tradicionais políticos da cidade, lançando a Secretária de Saúde, Tatiana Medeiros. 

Tatiana tem vários atributos valorizados em candidatos depois da ascensão de Dilma Rousseff à presidência. O primeiro deles é que ela não é um candidato, mas uma candidata; o segundo é que Tatiana nunca disputou uma eleição e sua ascensão decorre do fato de ser ela um quadro “técnico” da equipe com a qual Veneziano Vital administrou a cidade, o que vem a ser um terceiro atributo. 

Ou seja, Tatiana Medeiros vai ser valorizada por ser mulher, técnica e não pertencer a nenhuma família tradicional da política campinense. Esses aspectos, obviamente, não decidem eleição, mas ajudam na estratégia de focar o debate no julgamento da administração de Veneziano Vital, e não na disputa entre os grupos políticos na cidade, o que, como eu disse, seria uma armadilha difícil de ser superada. 

Além disso, Tatiana Medeiros, pelo que já escutei em entrevistas, tem uma boa retórica, mostrando-se capaz de expor com clareza os dados e avanços da administração de Veneziano Vital. 

Esse é o principal passaporte para a candidata para vencer as eleições e é disso que resulta a força de sua candidatura: expor o portfólioadministrativo de Veneziano Vital e confrontá-lo com o do seu principal antagonista, Romero Rodrigues, deputado federal do PSDB e primo de Cássio Cunha Lima. 

Essa é a disputa real em Campina e essa é a polarização que interessa a Tatiana Medeiros. 

O que me remete a uma última observação: Tatiana Medeiros deve esquecer Daniela Ribeiro, cujo fôlego limitado não a credencia para ir ao segundo turno. Polarizar com a deputada do PP só interessa a esta última, que tem como objetivo inicial impedir que sua candidatura seja consumida pela polarização entre o Tatiana Medeiros e Romero Rodrigues. 

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