Uma coisa é fazer acordos políticos para governar bem. Outra, e bem diferente, é fazer promessas, muitas vezes até milagrosas, para conquistar o voto do eleitor e depois não cumprir nem mesmos as viáveis o que não deixa de ser um “estelionato eleitoral”. Com efeito, apenas como exemplo, vídeo de entrevista do prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues em campanha para a prefeitura prometia que a partir do primeiro dia do seu governo todos os alunos da rede municipal teriam uma merenda extra, algo não cumprido, segundo algumas diretoras de escolas, após sete anos e sete meses de mandato. Atualmente a gestão de Campina está envolta no escândalo da ‘Orcrim da Merenda’, deflagrada pela a Polícia Federal, no âmbito da ‘Operação Famintos’ que investiga supostas irregularidades na merenda escolar de Campina.
“Nós vamos instituir desde o primeiro dia de aula, a ‘Merenda Extra’, uma merenda antes do aluno entrar na sala de aula e outra antes de deixar a escola. Uma visão que nós temos é que vivemos num país onde muitas crianças saem da sua casa sem ter acesso muitas vezes a um café da manhã. Então essa será uma forma de complementar, pois essa criança bem alimentada vai aprender melhor e crescer mais saudável. Então por isso temos a sensibilidade nós exige que nós introduzamos essa merenda”, disse Romero prometendo em vídeo veja: https://youtu.be/ISxcnZo3JrQ
Acontece que algumas diretoras de escolas municipais, procurados confirmaram que nunca tal promessa foi realizada pelo prefeito nesses sete anos e sete meses de governo. Pois alegam que as escolas recebem um valor da parcela mensal para gastar na merenda, não houve acréscimo para se incorporar o café de entrada. “A vinda da Fundação Leman só fez retirar a autonomia da Gestão das escolas”, diz uma das diretoras que prefere ter seu nome preservado, para evitar perseguições políticas.
Operação Famintos – No último dia 23.07.2019, quando a Polícia Federal realizou, no âmbito da ‘Operação Famintos’, diligências na Secretária de Administração de Campina Grande e em residências de aliados do prefeito Romero, que ocasionaram nos pedidos pela justiça do afastamento dos secretários de Administração e Educação de Campina Grande, Paulo Roberto Diniz e Iolanda Barbosa, respectivamente, foram afastados dos cargos por decisão da Justiça, está última tendo o pedido de prisão preventiva. Os empresários acusados no escândalo da ‘Orcrim da Merenda’ estão ainda cumprindo prisão preventiva.
A operação investiga supostas irregularidades em licitações para a contratação de empresas de fachada, visando o fornecimento de merenda escolar. As contratações incluíam também o fornecimento de material de higiene e de limpeza para outras áreas de governo (Saúde, Assistência Social, etc.). Os órgãos investigadores constataram que, desde 2013, ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões.
Redação