Passado quase um ano de Bruno Cunha Lima (PSD) à frente da Prefeitura de Campina Grande, seu modelo de gestão parece sofrer de amnésia, ao anunciar nesta semana o pagamento, até o final deste mês, do 14º salário para todos os mais de 5 mil servidores da Rede Municipal de Educação, pois foi sua administração que foi denunciada na imprensa no começo do ano por dar calote no pagamento do 14° salário a 13 escolas que também tiveram um bom desempenho no Índice da Educação Básica (Ideb).
Vale lembrar que no final de janeiro deste ano, os servidores públicos denunciaram a promessa não cumprida feita pelo ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD), não criticada pelo prefeito eleito Bruno, de pagar o 14º salário à 13 escolas que também tiveram um bom desempenho no Índice da Educação Básica (Ideb) em Campina Grande, não cumprida até este mês de dezembros, ou seja, passados quase um ano, sendo este considerado o primeiro calote da nova gestão na cidade.
Destaque negativo na imprensa nacional – Após receber diversas denúncias estaduais referentes ao abandono das obras do Hospital da Criança e do Adolescente de Campina Grande, a imprensa nacional via Rede Globo de Televisão, trouxe no último sábado (11), uma reportagem intitulada “‘Obras Fantasmas’: Hospital da Criança e do Adolescente de Campina Grande”, onde revela o descaso da gestão do ex-prefeito Romero Rodrigues com a obra e o abandono do atual governo do prefeito Bruno Cunha Lima com a mesma, fruto de erro em licitação oriundo da gestão anterior. Segundo a matéria, produzida pela repórter Amy Nascimento, para o programa da Rede Globo ‘É de Casa’ a obra está parada há 11 meses apesar de todo o contrato já ter sido pago pela prefeitura. Assista: https://globoplay.globo.com/v/10119951/
Outros descasos – Ao falar em valorização dos servidores da educação, o prefeito esquece a recente denúncia recebida por servidores ao Sintab, que integra o Conselho de Alimentação Escolar (CAE), e revelou o descaso dos fornecedores contratados pela Secretaria de Educação (SEDUC) na entrega e distribuição da merenda escolar nas creches e escolas de Campina Grande. Desde o último dia 19, o CAE vem recebendo inúmeras denúncias da comunidade escolar diante da ausência de itens obrigatórios que compõe a merenda escolar, deixando milhares de alunos da rede municipal de ensino em situação de insegurança alimentar.
O problema foi verificado em diversas unidades, mas há indícios de que possa estar ocorrendo em toda a rede de ensino. A título de exemplo, a Creche Maria Emília Pedrosa, no Araxá, está há 25 dias sem carne, 20 dias sem verduras e desde a semana passada estão à espera de outros itens alimentícios. A Creche Alcides Cartaxo, no Cinza, falta carne, alho, coentro, arroz, leite, carne sem osso e filé de peito de frango. A última entrega foi realizada no dia 26 de outubro, quando foi distribuída frutas no local. Confira: https://sintab.org.br/denuncia-descaso-na-entrega-da-merenda-escolar-provoca-desabastecimento-nas-creches-de-campina-grande/
Fura-filas na vacinação – A ex-secretária Municipal de Saúde de Campina Grande, a médica Tatiana Medeiros, formalizou, Ministério Público da Paraíba (MPPB), em (26.01.2021), denúncia de fura-filas na vacinação. Na semana passada, a médica denunciou o caso em suas redes sociais e também denunciou, por meio dos canais do Ministério Público, os casos que ganharam repercussão em toda a Paraíba.
Vacinas roubadas – Outra denúncia se deu pela investigação policial aberta pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) de Campina Grande, que investiga o caso do roubo ao veículo de uma enfermeira que saía do Hospital de Trauma, no primeiro semestre desse ano, transportando 70 doses de vacina contra a Covid-19.
Após o crime, o veículo foi abandonado no município de Puxinanã, numa região já conhecida pela Polícia Civil, uma vez que outros carros roubados já foram deixados no mesmo setor. Desde a repercussão do fato, a Polícia Civil iniciou as diligências a respeito do delito. A princípio, tudo indica que os assaltantes queriam levar apenas o veículo, mas ainda é cedo para qualquer conclusão.
Aumento nas tarifas de ônibus – Outro golpe na população de Campina, principalmente a de baixa renda se deu devido a decisão do prefeito Bruno Cunha Lima de suspender do benefício da passagem em dobro das passagens do transporte coletivo na cidade. Os passageiros que utilizam o cartão “Vale Bus Card” tinham um bônus que duplicava o valor da passagem. Se uma recarga de R$ 50 fosse realizada, o usuário ganharia mais R$ 50, que totalizaria R$ 100, válidos até o último dia de cada mês. Com a suspensão do benefício, o usuário deverá pagar o valor integral da passagem, que atualmente custa R$ 3,90. Em nota, a Superintendência de Trânsito e Transporte Público de Campina Grande (STTP) disse que a bonificação foi suspensa por um “impedimento legal”, pois a vigência da medida expirou no dia 31 de dezembro de 2020, apesar da Câmara Municipal já ter retomado diplomado a semana sua nova Mesa Diretora, nenhuma sessão extraordinária foi pedida.
Educação paralisada – Outro descaso ainda no primeiro semestre desse ano, se refere a decisão dos servidores da educação de Campina Grande, por unanimidade, em assembleia virtual realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), entrar em greve geral, ou seja, a decisão é de não iniciar o ano letivo. Mais de 500 servidores participaram da assembleia. Confira detalhes: https://sintab.org.br/8444-2/