O governador João Azevêdo, pretendendo evitar o colapso na rede de saúde da Paraíba, se antecipou ao caos e estabeleceu medidas restritivas para frear a disseminação do coronavírus no Estado. Lendo as notícias a nível nacional, percebemos o quanto a decisão do gestor estadual foi acertada.
No Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, referência para todo o país, os dados são alarmantes. Neste momento a unidade de saúde tem 167 pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19. Desses, 50 estão na UTI. No total, 525 leitos estavam ocupados até a tarde desta quinta-feira (25), com taxa de 96%. O hospital também contabilizava uma fila com 22 pessoas para internação.
Em nota, a Beneficência Portuguesa de São Paulo relatou que somente na quinta, 93 pacientes infectados pelo coronavírus foram internados. Desses, 46 estão em UTI. No total, o hospital disponibiliza 97 leitos para tratamento da Covid-19, sendo 47 de UTI. A taxa de ocupação dos leitos destinados à doença está em 97,87% na UTI e 94% na enfermaria.
“A instituição mantém estreita vigilância sobre a evolução epidemiológica dessa doença, acompanhando diariamente os indicadores de ocupação e promovendo os ajustes necessários na quantidade de leitos destinados para os casos de Covid-19”, diz o texto.
Na Paraíba, a taxa de ocupação total dos leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico) ainda é de 71%. Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta pela Secretaria de Estado da Saúde, uma pessoa é internada por Covid-19 no Estado a cada 20 minutos. João Azevêdo, pensando no bem do seu povo, decretou as medidas necessárias para impedir a lotação nas unidades de saúde da rede estadual. Com a nova cepa do coronavírus em circulação, que segundo informações no Ministério da Saúde é três vezes mais contagiosa, todos os cuidados são mais que necessário para conter a propagação do vírus.
E a colaboração de todos é fundamental para juntos vencermos a luta contra a Covid-19. A vacina é a maior aliada mas, enquanto ela não está disponível para a maioria da população, os cuidados com o uso de máscaras de proteção, higienização com água e sabão ou álcool em gel e o distanciamento social ainda são as melhores opções para frear as contaminações e, assim, não sobrecarregar os hospitais.
Confira as capitais brasileiras com lotação igual ou superior a 90% na UTI SUS:
Porto Velho (RO): lotação de 100%
Florianópolis (SC): lotação de 96,2%
Manaus (AM): lotação de 94,6%
Fortaleza (CE): lotação de 94,4%
Goiânia (GO): lotação de 94,4%
Teresina (PI): lotação de 93%
Curitiba (PR): lotação de 90%