Enquanto gestores de estados e municípios brasileiros adotam medidas cada vez mais restritivas para evitar que o novo coronavírus se propague entre a sua população, como o lockdown, outros fazem o caminho inverso e colocam o povo no meio do fogo cruzado.
Este é o caso do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). Em um vídeo divulgado na quinta-feira (25), este senhor que teoricamente foi eleito para cuidar do bem do povo, sugeriu que os cidadãos da cidade contribuam com suas vidas para salvar a economia.
A saúde daqueles que escolheram Sebastião para comandar a administração municipal parece pouco importar. Afinal, a economia é mais importante. Salvar vidas é assunto para depois. Não se pode deixar que uma pandemia mundial, que já matou mais de 250 mil brasileiros, atrapalhe o progresso de Porto Alegre. Seria irônico se não fosse trágico.
No início do ano, o prefeito já demonstrou com algumas de suas ações que a economia era mais valiosa, retirando o limite de ocupação no comércio, além de flexibilizar o horário de bares e restaurantes com o objetivo de “combater” aglomerações. Melo também deixou missas e cultos sem limitação da capacidade de fiéis e com livre duração.
A declaração do prefeito viralizou nas redes sociais no dia que o Brasil registrou o maior número de mortes nas últimas 24h desde o início da pandemia, quando 1.582 brasileiros faleceram em decorrência da Covid-19.
Gestores que fingem pensar no povo, usando o discurso de salvar a economia, estariam mesmo preocupados com os pequenos comércios dos pais de família, ou a preocupação seria com o próprio bolso? Infelizmente, o egoísmo custa a vida de pessoas inocentes, que saem de suas casas para conquistar o pão de cada dia e alimentar a máquina pública, mas que no meio do caminho são atingidas pelo mal invisível chamado coronavírus.
Quantos monstros como esse existe no Brasil?
Assista ao vídeo: