Vai acabar mesmo em pizza?
Uma pizza salgada e indigesta, que custou aos cofres públicos da Paraíba 134 milhões de reais?
A decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida, de enviar os processos da operação calvário para a Justiça Eleitoral, tem sim sabor amargo.
Ao longo de quase dez anos, a quadrilha chefiada por Ricardo Coutinho surrupiou, desviou e superfaturou o orçamento da saúde estadual.
Há três anos, o escândalo explodiu na nossa cara, desnudando o maior esquema de corrupção da Paraíba.
As delações, gravações e denúncias que vieram depois exigem que a justiça seja feita, que os culpados sejam punidos, que o dinheiro do povo seja ressarcido.
A Paraíba não pode ser obrigada a engolir essa pizza.
Cozida no fogo lento da justiça eleitoral, que dá fôlego para que os criminosos voltem ao poder e ao crime.
A justiça comum, via Gaeco, é o fórum certo para tratar sobre a quadrilha que tanto lesou a Paraíba.
E que até agora repousa nos truques judiciais, nos colocando num rodízio de impunidade.
Não vai acabar em pizza!