O governo brasileiro está inconformado com o que considera demora da Organização Mundial de Saúde em decretar pandemia do coronavírus. Em áudio enviado a autoridades, o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, diz que o órgão “peca em não dizer de forma franca que o vírus se espalhou e que não é possível contá-lo”. A pandemia muda o enfrentamento da doença, em vez de tentar localizar casos, o sistema passa a atuar para evitar mortes em grupos de risco.
“Na nossa avaliação, esta já é uma pandemia, ou seja, já temos caso e transmissão local em todos os continentes”, disse o secretário. Para a pasta da Saúde, a posição da OMS é um dos motivos que dificultam o convencimento da sociedade de que não há razão para pânico.
A consultoria McKinsey decidiu interromper sua programação no Brasil por trás dias por causa do coronavírus. A empresa fica no mesmo prédio da corretora XP, onde foi confirmado o segundo caso da doença no país.
Auxiliares de Wilson Witzel (PSC) desaconselharam o governador a visitar as cidades de Silva Jardim e Rio Bonito, no interior do Rio, para evitar encontrar afetados pela enchentes. A justificativa era de que estavam “nervosos”. Na capital, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) foi alvo de protesto.
Parlamentares vêm responsabilizando, nos bastidores, Paulo Guedes (Economia) pelo impasse na discussão do Orçamento. Com a anuência do ministro, a equipe econômica ajudou a costurar o acordo condenado por Bolsonaro. A suspeita é a de que Guedes não repassou aos colegas de Esplanada o negociado.
A informação é da coluna Painel da Folha de São Paulo