A vereadora e presidente interina da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Eliza Virgínia, foi entrevistada nesta quinta-feira (11) pelo programa 360 graus. Na ocasião, ela falou sobre o andamento dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Banda Larga, a qual é presidente, e revelou uma percepção que teve ao participar das oitivas com as operadoras de internet.
Atualmente no comando da CMJP após o afastamento do vereador Dinho, que assumiu a Prefeitura de João Pessoa em razão da ausência do prefeito Cícero Lucena, que está na Europa e do vice, Leo Bezerra, que cumpre agenda em Brasília, Eliza é a primeira mulher a presidir o parlamento mirim da Capital. Sua atuação parlamentar é marcada por polêmicas, a maioria de cunho conservador, mas neste segundo semestre o que tem ganhado destaque é a CPI da Banda Larga, proposta de sua autoria para averiguar a prestação de serviços das operadores de internet em João Pessoa.
Durante as oitivas com as empresas de internet convocadas pela comissão, a vereadora disse perceber que essas entidades tentaram a todo momento culpar os consumidores pela má prestação de seus serviços. “Eles estão acusando os consumidores, no bom sentido da palavra, de que existe uma deficiência na educação digital. Que a pessoa não sabe direito o que está contratando, não sabe quais são as instalações devidas em sua casa”, afirmou. Já foram ouvidos pela CPI a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras Oi e Vivo.
A vereadora frisa que não existe, por parte das empresas, um aplicativo ou canal para a fiscalização da entrega da velocidade contratada pelos consumidores, atitude a qual considerou como uma atitude omissa. “Nós sabemos que, no Procon, a internet é a campeã de reclamações, e começamos a perceber a população muito incomodada com a prestação desses serviços. Sem falar na parte física: basta andar pelos bairros da cidade para observar fios caídos, espalhados nos estacionamentos. Você praticamente segura os fios nas mãos, pode ser degolado por um deles se estiver em uma moto. Então, juntando tudo isso, nós decidimos investigar”, argumentou.
Eliza Virgínia ainda lamentou o fato de suas propostas de representatividade popular serem preteridas pela imprensa paraibana, viralizando somente aquelas com pautas conservadoras e com maior tendência à polêmica.
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