31 de março.
Uma data para não esquecer.
Um calendário que jamais vamos deixar repetir.
Ainda que, neste momento estranho da história do país, surjam tantos saudosistas do cabresto.
Perdoa, Senhor, eles não sabem o que dizem!
A ditadura produziu atraso econômico.
Aprofundou desigualdades sociais.
Reprimiu.
Calou.
Censurou.
E foi mantida, ao longo de 21 anos, às custas da violência.
Com vinte mil torturados.
Dez mil exilados.
25 mil presos.
434 mortos ou desaparecidos.
Parafraseando o símbolo da reabertura democrática, Ulisses Guimarães, hoje repito, abre aspas:
“Eu tenho ódio e nojo da ditadura”.
O alento deste 31 de março tão triste, em que o Brasil registrou novo recorde de mortes – mais 3.780 brasileiros perdidos para a pandemia – vem justamente dos militares.
Que saem em bando do governo Bolsonaro em sinal de que não vão transformar as Forças Armadas numa arma de chantagem de um presidente desgastado e isolado pela própria incompetência, evidenciadas pela carnificina que seu negacionismo promove no país.
Nunca antes na história do Brasil assistimos os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica serem demitidos em bloco, reafirmando que as Forças Armadas são instituições de Estado e não instrumento de candidatos a ditador.
Ouça: