No tabuleiro do xadrez político existem muitas pedras. Umas decorativas, outras proativas. Mas só duas dentro do Legislativo municipal podem levar candidaturas ao segundo turno da eleição de prefeito e na seqüência à vitória.
Durval Ferreira, em João Pessoa, e Pimentel Filho, em Campina Grande, ambos presidentes das respectivas câmaras, vereadores de vários mandatos e com vontade de ascender ao jogo majoritário.
Pimentel Filho cabe, feito melé, em qualquer chapa, tanto na de Romero, substituindo Ronaldo Cunha Lima Filho, que caiu em desgraça e anda com o estopim de um grande escândalo à tiracolo, suspeito de ser sócio do tráfico de turmalina, quanto na de Veneziano, que hoje lidera todas as pesquisas como favorito.
Durval Ferreira leva para onde for grande parte da bancada e todo mundo sabe que chapa majoritária só decola se tiver um arco de aliança com chapa proporcional trabalhando na base. Ele também é um melé e tanto pode compor com o prefeito Luciano Cartaxo quanto com Manoel Júnior e Estela.
O que anima Durval e Pimentel é a chance real de assumirem os mandatos de prefeitos, pois caso sejam escolhidos como vices de Veneziano e Cartaxo, a chance de estes renunciarem para disputar o governo é grande.
Raposas felpudas da política das duas maiores cidades da Paraíba, ambos, é claro, dirão que estou especulando e que isso nem passa pela cabeça deles.
Mas, até nas entrelinhas dessa possível declaração, está camuflada a articulação que de quem vem comendo mingau pelas beiras. Já viram quem quer dizer que quer?
Pimentel e Durval operam sim pela vice. Só ainda não decidiram de quem.