Álvaro Körbes Hauschild, de 29 anos, foi expulso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) por racismo e apologia ao nazismo. Ele é doutorando em Filosofia e foi denunciado por alunos da instituição.
Após pressão, o reitor Carlos André Bulhões Mendes determinou o desligamento de Hauschild. O processo interno para sua expulsão teve início em outubro de 2021, após ele ser indiciado por racismo qualificado pela Polícia Civil.
O racista havia enviado mensagens e textos ofensivos a grupos minoritários. Ele chegou a assediar a psicóloga Amanda Klimick, que namora um estudante negro da universidade. Nas mensagens enviadas a ela, Hauschild diz que a raça negra “exala um cheiro típico”, “tem um cérebro programado para fazer o máximo de filhos que puder” e “consegue harmonizar bem na savana”.
Antes disso, o racista já havia enviado mensagens à namorada de um cineasta de ascendência judia, dizendo que não há provas de que o Holocausto tenha de fato acontecido.
Hauschild defende a eugenia e publica nas redes sociais imagens associadas ao neonazismo e a grupos que defendem a supremacia branca. Além de doutorando em filosofia, ele é tradutor do filósofo ultranacionalista russo Aleksandr Dugin, autor que escreveu, junto de Olavo de Carvalho, o livro “Os EUA e a nova ordem mundial”.
A Polícia Federal buscou Álvaro no prédio onde morava, em Porto Alegre, para cumprir mandado de busca e apreensão, mas ele não foi encontrado.